Cimeira decorreu no dia 10 de Outubro

A transformação digital, ambiente e energia, a Agenda 2030, infra-estruturas e turismo foram alguns dos temas que marcaram a XXXI Cimeira Luso-Espanhola, que decorreu na Guarda, no dia 10 de Outubro e foi presidida pelo Primeiro-Ministro da República Portuguesa, António Costa e pelo Presidente do Governo do Reino de Espanha, Pedro Sánchez. O programa da Cimeira passou pela Alameda de Santo André, Centro de Estudos Ibéricos, Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, Praça Velha, Museu da Guarda e Teatro Municipal da Guarda. Com a Guarda envolta pelo denso nevoeiro, a comitiva de Espanha, liderada por Pedro Sánchez e mais 17 membros, entre vice-presidentes, ministros e secretários de estado, não pode aterrar no Estádio Municipal da Guarda como estava previsto, mas sim no campo de futebol de Vila Cortês do Mondego. Sempre com algum tempo de atraso, o programa começou na Alameda de Santo André com a recepção ao Presidente do Governo do Reino de Espanha, pelo Primeiro-Ministro e o Presidente da Câmara Municipal da Guarda, a que se seguiram o Hino Reino de Espanha e o Hino Nacional da República Portuguesa. Depois da apresentação de comitivas e da fotografia de família tiveram início das reuniões sectoriais na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.  Antes do descerramento de placa alusiva à XXXI Cimeira Luso-espanhola, o Primeiro-Ministro e do Presidente do Governo do Reino de Espanha passaram pela exposição “A Ibéria na Rota do Mundo”. Seguiu-se, no Centro de Estudos Ibéricos, a reunião entre António Costa e Pedro Sánchez e, mais tarde, a reunião plenária na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda. A conferência de imprensa conjunta do Primeiro-Ministro português e do Presidente do Governo do Reino de Espanha teve lugar na Praça Velha.Depois do almoço, no Museu da Guarda, decorreu no Teatro Municipal da Guarda a sessão de apresentação do estudo “A Projecção Internacional do Espanhol e do Português: O potencial da proximidade linguística” e da apresentação da Estratégia de Desenvolvimento Transfronteiriço. No encerramento da sessão usaram da palavra o Presidente do Governo do Reino de Espanha e o Primeiro-Ministro de Portugal. A Cimeira saudou a aprovação da Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço, instrumento inovador e de grande alcance estratégico que eleva a cooperação bilateral luso-espanhola e a cooperação transfronteiriça para um novo patamar. A Estratégia será uma ferramenta flexível e aberta, fundamental para a transformação das regiões transfronteiriças em plataforma de desenvolvimento conjunto com centralidade no mercado ibérico, permitindo combater a regressão demográfica e impulsionar, de uma forma coordenada, as oportunidades de crescimento económico, a geração de emprego e a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos que vivem em ambos os lados da fronteira, num quadro de sustentabilidade e convergência. Ambos os países se mostraram empenhados na aplicação calendarizada dos principais objectivos temáticos da Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço, destacando-se a mobilidade e a eliminação dos custos de contexto, infra-estruturas, a gestão conjunta de serviços básicos nas áreas de educação, saúde, serviços sociais e protecção civil, o desenvolvimento económico e inovação territorial, ambiente, energia, centros urbanos e cultura.No que diz respeito às ligações ferroviárias, as partes manifestaram o seu empenho em avançar na melhoria da ligação ferroviária entre o Porto e Vigo e congratulam-se com a conclusão das obras de eletrificação do lado espanhol. Destacaram também os avanços produzidos na ligação Aveiro-Salamanca, assim como com o grau de avanço das obras entre Plasencia e Badajoz, comprometendo-se a continuar com os trabalhos para impulsionar a ligação ferroviária entre Lisboa e Madrid.No plano das ligações rodoviárias, ambos os países saudaram o avanço das novas ligações entre Vilar Formoso e Funtes de Oñoro e entre Bragança e Zamora, bem como o avanço dos trabalhos de manutenção e adequação da Ponte Internacional sobre o Rio Guadiana entre Vila Real de Santo António e Ayamonte.