Instituto Politécnico da Guarda


No Instituto Politécnico da Guarda decorreu, no passado dia 6 de Dezembro, a sessão solene de abertura do Ano Académico 2016/2017 que contou com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Na sua intervenção nesta cerimónia, o Presidente do IPG, Constantino Rei manifestou-se contra a abertura de mais cursos em zonas onde a oferta formativa não aconselha a entrada em funcionamento de novas propostas, alertando para os cenários que podem surgir nos politécnicos do interior. “Se não há condições, nem vontade política para reduzir, pelo menos que não haja aumento de vagas e/ou de cursos, sobretudo em áreas em que há oferta instalada e não utilizada”, afirmou o Presidente do IPG.
Constantino Rei considerou ainda que é fundamental “captar alunos onde eles de fato existem. Ou seja, o nosso desafio é a promoção da mobilidade dos jovens do litoral para o interior”, acrescentando que “Contrariamente às expetativas, não parece que o programa “+ Superior” esteja a contribuir para este objetivo, urgindo pois repensá-lo”
O Presidente do IPG evidenciou, por outro lado, que para além da necessidade de serem captados “mais jovens de outras regiões e de outros países, precisamos também de encontrar mecanismos para reter os poucos jovens que ainda aqui residem. A verdade é que há muitos jovens que continuam a abandonar o ensino superior por falta de recursos económicos”.
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, manifestou a sua satisfação por estar presente nesta cerimónia do IPG, tendo aludido a algumas questões decorrentes de outras intervenções, bem como a alguns projetos desenvolvidos. Manuel Heitor considerou que o Politécnico é muito importante para o desenvolvimento local e regional e, nas suas considerações sobre a rede de ensino superior afirmou que “não há instituições a mais mas alunos a menos”.
“Sabemos, claramente, que gerir, manter e trabalhar numa instituição destas é diferente e porventura mais complexo e difícil do que nos grandes centros urbanos mas por isso também tem características únicas, que temos de valorizar. E por isso estamos aqui para dizer que trabalhar e viver no Politécnico da Guarda vale a pena e recomenda-se para o país.” Considerou o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Para este governante, “a Guarda pode orgulhar-se por ter uma instituição de ensino superior, por ter estudantes, por atrair estudantes. Claro que todos queremos que fossem mais estudantes e esse é um esforço coletivo que só pode ser ganho, ou só pode ser enfrentado, cada vez com maior especificidade local, com maior características que tornem este Instituto diferente de todos os outros.”
A sessão de abertura do ano académica incluiu a assinatura do contrato entre o Governo e os Institutos Politécnicos no âmbito do Compromisso com a Ciência e o Conhecimento, bem como de alguns protocolos, nomeadamente com a Câmara Municipal de Seia e Estabelecimento Prisional da Guarda.
Este último protocolo visa, entre outros objetivos, o desenvolvimento de atividades no domínio do ensino e formação, proporcionando à população reclusa do Estabelecimento Prisional da Guarda o acesso aos vários cursos ministrados pelo IPG.
No decorrer desta cerimónia foi entregue o Prémio Ciência Aberta que distingue o docente com maior quantidade de artigos científicos publicados e colocados no Repositório Científico do IPG. O prémio foi entregue a Rute Abreu, docente da área da Contabilidade, na ESTG. O Prémio Transferência de Conhecimentos foi atribuído a Carlos Rodrigues, também, docente da ESTG.
Em termos de distinções assinale-se, ainda, a entrega do “Prémio João Lopes”, atribuído pelo Clube Escape Livre, a Paula Marques. O Prémio “Ensino Magazine” foi atribuído a Paulo Rodrigues da Silva.
No decorrer da sessão solene de abertura do ano académico foram também distinguidos os docentes que no último ano concluíram o seu doutoramento.