Câmara de Trancoso quer reforçar equipa de arqueólogos

Reforçar a equipa de arqueólogos em Moreira de Rei é um dos objectivos que o Presidente de Câmara de Trancoso pretende implementar, durante o mês de Fevereiro, naquela que é apontada como a maior necrópole rupestre da Península Ibérica. Amílcar Salvador adiantou ao Jornal A Guarda que “actualmente estão lá dois ou três arqueólogos da Câmara, um número reduzido devido aos tempos difíceis que estamos a travessar em função das baixas temperaturas e da pandemia provocada pela Covid19”. E acrescentou: “Em meados de Fevereiro pretendemos reforçar a equipa e, nas férias da Páscoa, se for possível, devemos ter lá arqueólogos de Coimbra e de Lisboa”. Desde 2018, ano em que começaram os trabalhos de arqueologia, em Moreira de Rei, na envolvente da Igreja de Santa Marinha, foram postas a descoberto mais de 600 sepulturas, entre adultos e crianças, todas com a tipologia antropomórfica, o que faz do local a maior necrópole de sepulturas escavadas na rocha da Península Ibérica. Durante os trabalhos de arqueologia “apareceram muitas ossadas que vão ser estudadas” e integrar o espólio do Centro de Interpretação”. Amílcar Salvador está confiante de que os trabalhos possam ficar praticamente concluídos até ao final deste ano, de maneira a valorizar todo o conjunto que integra a Igreja de Santa Marinha, templo em estilo românico, classificado como monumento nacional. O Centro de Interpretação, no interior da Igreja, tem um custo global de mais de 329 mil euros com a comparticipação de mais de 222 mil euros (FEDER PO.CENTRO 2020).