Executivo Municipal repudia decisão

Os oito funcionários da distribuição de correspondência no Sabugal foram deslocalizados para a Guarda, pelos CTT-Correios de Portugal. A notícia apanhou de surpresa o executivo municipal do Sabugal que reuniu de urgência, no dia 6 de Janeiro, e por proposta do vice-presidente, Vítor Proença, deliberou, por unanimidade, repudiar veementemente a decisão de encerrar o Centro de Distribuição do Sabugal, apelar da decisão e solicitar o agendamento de uma reunião urgente à administração dos CTT.A Câmara do Sabugal lembra que “o despovoamento do interior associado à fraca atractividade destes territórios em fixar e atrair população tem causas profundas, causas a que não são alheias algumas medidas centralizadoras que deslocam muitos serviços locais para um âmbito mais regional ou nacional”. E acrescenta: “O encerramento de serviços tem consequência directa na perda ou deslocalização de postos de trabalho e, indirectamente, na privação das populações de serviços que garantiam condições, ainda que mínimas, de conforto e de satisfação de necessidades básicas”.O encerramento do Centro de Distribuição dos CTT do Sabugal é visto como “mais um factor a agudizar o despovoamento do Sabugal, com o deslocamento e a centralização do serviço na Guarda”. A autarquia reconhece que a prestação dos serviços dos CTT do Sabugal se mantém e não será afectada, mas “os funcionários que até aqui tinham o seu posto de trabalho no Sabugal, ao serem deslocados para a Guarda irão, compreensivelmente, equacionar a mudança de residência”.Perante estes factos, “o Executivo da Câmara Municipal do Sabugal, em reunião do dia 6 de Janeiro, por proposta do vice-presidente, Vítor Proença, deliberou por unanimidade repudiar veementemente a decisão dos CTT em encerrar o Centro de distribuição do Sabugal, apelar à administração dos CTT para uma nova ponderação que reverta a decisão e solicitar o agendamento de uma reunião com carácter de urgência à administração dos CTT”.Deliberou igualmente “manifestar todo o apoio e solidariedade para com os funcionários dos CTT afectados por esta medida”.A autarquia deixou ainda o compromisso de “tudo fazer para que os CTT revertam a medida”.