Instituto de Conservação
da Natureza e Florestas


A população de linces ibéricos continua a crescer e estabilizou em mais de mil animais em Portugal e Espanha, segundo o censo de 2021 divulgado esta segunda-feira, 20 de Junho, pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.
O núcleo de lince ibérico em Portugal está no vale do Guadiana, com 139 animais adultos ou jovens, dos quais 31 fêmeas reprodutoras que deram à luz 70 crias em 2021.
Em Espanha existem 12 núcleos, com a maior parte da população (519 animais) na zona da Andaluzia, seguida de Castilla-La Mancha (473) e Extremadura (164), onde há “comunidades autónomas com uma presença estável da espécie”.
Recorde-se que a população de lince ibérico decresceu desde a década de 1950 e só começou a recuperar em 2004, quando a população na Península Ibérica subiu acima de 100 exemplares.
Em 2020 o número total de animais subiu acima de 1.000.
O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas refere que “a perseguição humana e a escassez de coelho-bravo foram as principais causas do declínio desta população, levando a espécie ao limiar da extinção”. E acrescenta: “Desde o início do século XXI, foram lançadas diversas iniciativas de conservação, incluindo vários projectos LIFE desde 2002 até aos dias de hoje e o desenvolvimento da reprodução em cativeiro no âmbito do programa de conservação ex situ. Graças a este grande esforço de conservação, a população de lince-ibérico tem continuado a crescer numericamente e em relação à sua área de presença nos últimos anos”.
O censo de linces ibéricos de 2021 foi realizado pelas administrações de conservação da natureza de Portugal e Espanha em conjunto com organizações não governamentais.
Recorde-se que a Reserva Natural da Serra da Malcata, entre os concelhos de Penamacor e Sabugal, já foi um dos locais de abrigo do Lince-Ibérico.