Decisão foi comunicada pelo presidente da autarquia por telefone

Há um ano atrás, no dia 10 de Março de 2020, “as atitudes ditadoras, de estratégia maquiavélica, ao serviço de grupos organizados que extravasam completamente a esfera dos Partidos Políticos, levaram a que a Guarda surgisse nas noticiais Regionais e Nacionais pelas piores razões”, quando o presidente da autarquia retirou todos os pelouros ao seu vice-presidente Sérgio Costa. O acontecimento foi lembrado na última reunião de Câmara, a 22 de Março, por Sérgio Costa que fala de “uma história triste e que ficará para sempre marcada na memória de todos, por muitos anos que passem”.Responsável pelos pelouros do Urbanismo, Protecção Civil Municipal, Florestas e Higiene e Segurança Veterinária, que lhe tinham sido atribuídos em 2013 e em 2017, depois dos Guardenses terem votado maioritariamente num Projecto Político do qual fez parte integrante e com “uma legitimidade absoluta”, Sérgio Costa considerou a decisão como uma “orquestração feita nas costas”. O agora vereador sem pelouros lamentou a forma encontrada, pelo presidente da autarquia, para o afastar do trabalho que vinha desenvolvendo, mas deixou a garantia de nunca será saneado da “luta pela Guarda” que estará sempre à frente de qualquer circunstância. No balanço do último ano, Sérgio Costa considera que “as diferenças estão à vista de todos”.Acusou o presidente da autarquia de, ao longo deste último ano, nada mais ter feito nas áreas dos Pelouros que antes lhe estavam atribuídos, a não ser o que ele tinha “deixado em execução, adjudicado, em concurso ou planeado”.“Uma estratégia pessoal que iniciou há mais de um ano, que culminou no meu afastamento das Funções Executivas, para depois poder surgir talvez como o grande salvador, querendo fazer passar a mensagem que só agora se faz tudo, que no passado nada se fazia ou fazia mal, mas a maior pura das verdades é que apenas está a fazer o que foi deixado pelo passado e, em alguns casos, gerindo de tal forma mal alguns processos, levando depois a desistir dos mesmos, por manifesta incapacidade na sua gestão perante os nossos concidadãos e as inúmeras Instituições Públicas”, explicou Sérgio Costa.Passado um ano, Sérgio Costa apresentou-se “de cabeça erguida” e a “lutar pelo desenvolvimento da Guarda” e lembrou que o compromisso que assumiu com os Guardenses, em Outubro de 2017, “será levado até ao seu final, no respeito escrupuloso pelas regras da Democracia”.