Inauguração foi prometida para o dia 27 de Novembro, de 2021

A Câmara Municipal da Guarda deliberou, por unanimidade, aprovar os novos planos de trabalho e prorrogação do prazo de execução do projecto dos Passadiços do Mondego, que só deverão estar concluídos em Março de 2022. Na reunião desta segunda-feira, 8 de Novembro, o Presidente da autarquia, Sérgio Costa, disse que, de acordo com a informação dos técnicos, “antes de Março do próximo ano” as obras “não estarão concluídos”. Nesta obra, que continua longe de estar pronta, e onde foram investidos 3,6 milhões de euros, ainda há necessidade de avançar com infra-estruturas como casas de banho, caminhos de acesso, zonas de estar e repouso e áreas de estacionamento, o equivalente a cerca de um milhão de euros. “Sobre as infra-estruturas vamos à procura de financiamento, estamos a percorrer o caminho”, garantiu Sérgio Costa.O Presidente da Câmara da Guarda referiu que a empreitada “já vai com dois anos de execução” e as empresas adjudicatárias vão ter que arranjar a solução “para que a obra fique concluída rapidamente dentro do prazo que agora está a ser pedido a sua prorrogação”.O autarca disse também que neste momento, “não há qualquer garantia de financiamento” europeu para os Passadiços do Mondego. Recorde-se que o anterior autarca Carlos Chaves Monteiro, agora vereador na oposição, prometeu inaugurar os Passadiços do Mondego, no Dia da Cidade, a 27 de Novembro. Os Passadiços do Mondego estão inseridos num território reconhecido pela UNESCO como Geopark Estrela. É um percurso com cerca de 12 km, ao longo do Rio Mondego, e passa por localidades como Videmonte, Trinta, Vila Soeiro e Barragem do Caldeirão. A Câmara da Guarda também está preocupada com a situação de atraso e até mesmo início de obras que já deviam estar concluídas. O presidente Sérgio Costa disse que a autarquia da Guarda vai elaborar um plano de recuperação de atrasos para não perder cinco milhões de euros relacionados com obras que têm financiamento comunitário. “A Câmara da Guarda pode perder 5 milhões de euros de fundos comunitários, se não existir rapidamente um plano de recuperação dos atrasos”, explicou o autarca. E acrescentou: “As obras resvalaram completamente. É essa a informação que nós temos. Estamos a falar em obras no montante de cerca de cinco milhões de euros de fundos comunitários, que corremos o sério risco de os perder, se as obras não forem acabadas rapidamente. Algumas delas ainda nem começaram”.Sérgio Costa deu como exemplos, das obras em atraso, os projectos da pedovia/ciclovia, a ampliação da Plataforma Logística, a cobertura do polidesportivo das Lameirinhas e a intervenção na Avenida Afonso Costa.O actual executivo vai avançar com prorrogações e reprogramações das obras e negociar com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro para não perder “nem um cêntimo” destinado a estes projectos. Sérgio Costa garantiu que será necessário “caminhar muito para não perdermos cinco milhões de euros de financiamento”. E acrescentou: “Vamos ter que fazer rapidamente um plano de recuperação de atrasos para estas obras e é nisso que nós já estamos a trabalhar, também”.O presidente da autarquia disse ainda que o ponto referente ao “Plano de Urbanização do Cabroeiro – Abertura de concurso público – Aprovação das formalidades do procedimento”, foi retirado da agenda e “vai à próxima reunião de Câmara por questões formais”.Na reunião desta segunda-feira, o vereador do PS, Luís Couto, não esteve presente, por motivos de saúde e foi substituído por Adelaide Campos.