Álvaro Amaro propõe régie cooperativa para gerir o TMG

A Assembleia Municipal da Guarda aprovou, por unanimidade, a proposta da Câmara de extinção da Empresa Municipal Culturguarda, que gere o Teatro Municipal da Guarda (TMG), e da Guarda Cidade Desporto, que faz a gestão do complexo das Piscinas Municipais, a internalização dos serviços e dos seus actuais 63 trabalhadores.
Durante a discussão deste ponto da ordem de trabalhos, o presidente da Câmara falou na possibilidade de poder vir a ser constituída uma régie cooperativa para gerir o TMG. Álvaro Amaro referiu a possibilidade de, durante o ano de 2015, propor aos agentes culturais e às organizações da cidade a hipótese de ser constituída uma régie cooperativa, da qual o Município “fará parte integrante”, para gerir aquele complexo cultural. A intenção, justificou, é assumida para que a Guarda tenha “um programa cultural ainda mais participado, ainda mais divulgado, com uma envolvência maior, e cujo financiamento, naturalmente, funcionará com base em contratos-programa”. “Acho que é um desafio importante para a sociedade da Guarda e depois veremos qual é o enquadramento legislativo e, naturalmente, a análise que o Tribunal de Contas poderá vir a fazer”, referiu. Com a ideia de criar uma régie cooperativa, Álvaro Amaro diz que pretende que o TMG “tenha ainda mais utilização, mais uso, mais fruição, por todas as instituições, mas, também, naturalmente, com a envolvência dos agentes culturais de fora”. “Acho que é importante pensarmos numa política cultural ambiciosa, mas participada”, disse o autarca.
Durante a discussão do assunto da extinção das duas Empresas Municipais, a deputada Helena Neves, da CDU, disse que no futuro, após Dezembro de 2015, “é preciso que sejam salvaguardados os salários e os trabalhadores”. Bruno Andrade, do BE, afirmou na sua intervenção: “Aquilo que nos preocupa é, efectivamente, daqui a um ano”. Já Luís Aragão, da bancada PSD/CDS-PP lembrou que, há cerca de um ano, a Assembleia Municipal, estava a debater a fusão das duas Empresas Municipais “com o despedimento de 32 trabalhadores”. “Agora, não são despedidos”, observou.