Guarda

As paróquias da Sé e São Vicente, na Diocese da Guarda, estão a promover sessões de catequese nos ATL, como forma de ir ao encontro dos mais novos e superar as limitações impostas pela pandemiaO padre Alfredo Neves, pároco local, explicou que a experiência vinha de trás e, com as mudanças provocadas pela Covid-19, acabou por ser uma “mais-valia”.“Na cidade da Guarda temos um clima difícil, com muito frio e chuva; muitas vezes não havia catequese porque era difícil a deslocação ou os transportes tinham de ficar longe. Os pais foram pedindo e chegámos a esta solução, com a permissão dos ATL, a catequese passou a ser dada numa sala à parte e com dinâmica própria”, explica o sacerdote.Com as limitações impostas pela pandemia Covid-19 esta solução nas Actividades de Tempos Livres (ATL) passou a ganhar mais força.É, sem dúvida, uma mais valia porque as crianças não saem de lá, daquele espaço com todas as regras de segurança, e as nossas catequistas, algumas que são colaboradoras da instituição, também já estão ali no mesmo ambiente”.A catequese dada nos ATL, do 1.º ao 6.º ano, apresenta-se como “alternativa à catequese online” que, segundo o pároco, “nem todas as crianças teriam possibilidade de acompanhar”.Outra preocupação que o padre Alfredo Neves manifestou é a idade da maioria das catequistas, que estão num grupo considerado de risco.“É uma situação difícil, dado que a entrada nos ATL é muito limitada, para se cumprir todas as normas de higiene e segurança, e depois é muito complicado ter catequistas motivadas devido à idade elevada, sendo que muitas são já pessoas consideradas de risco”, explica.Liliana Farias trabalha no centro de estudos e ali passou a dar catequese ao 3.º e 4.º ano, o que considera ser uma realidade vantajosa para todos.“Aqui o inverno é muito rigoroso e este sistema é mais vantajoso para as crianças e para nós também. Eles já nos conhecem e gostam, para as famílias acaba por ser outro descanso e para nós, catequistas, sendo no nosso espaço também nos organizamos melhor até ao nível de tempo”, relata.Catequista há seis anos, a entrevistada aponta que esta solução é também proveitosa no tempo de pandemia, “uma vez que não há necessidade das crianças saírem dali” e até usufruem de outros espaços. “Temos a sorte do centro de estudos ser uma valência de um lar de idosos e residência sénior que tem uma capela, espaço que também podemos usar com as crianças”, refere.Liliana Farias disse ainda que, neste ano pastoral, já iniciaram as sessões de catequese e “as crianças continuam a frequentar”, tendo 16 no 3.º ano e 10 no 4.º ano. A Guarda/Agência Ecclesia