Transportes


A Assembleia Municipal da Guarda aprovou na sexta-feira, dia 18 de Dezembro, por maioria, duas moções, uma apresentada pela CDU e outra pelo BE, que defendem a abolição das portagens nas auto-estradas que servem a região, a A23 (Guarda - Torres Novas) e A25 (Vilar Formoso - Aveiro). A moção do BE, que foi apresentada pelo deputado Marco Loureiro, solicita ao novo Governo liderado pelo socialista António Costa que retire a cobrança de portagens “em defesa da coesão social e territorial”.
De acordo com o BE, a introdução de portagens nas ex-SCUT “foi um dos maiores ataques à economia das regiões que são servidas por estas vias rodoviárias, em particular os concelhos do Interior e as respectivas populações que estão sem alternativas viárias com um mínimo de condições de segurança e funcionalidade”. “As populações e as empresas da região foram penalizadas com a cobrança abusiva de portagens”, refere a moção do BE aprovada com 10 votos a favor e 41 abstenções.
Já na moção da CDU, que foi apresentada por Honorato Robalo, é exigida “a abolição da cobrança de taxas de portagem em toda a extensão” das duas auto-estradas da região, considerando que têm “tido consequências profundamente negativas para as populações e para o tecido económico das regiões atingidas” e “oneram de uma forma desproporcionada e injusta as populações e as empresas”. A CDU também refere que não existem alternativas rodoviárias, pois “em diversos troços, quer a A23, quer a A25, foram construídas sobre os anteriores itinerários tornando inevitável a sua utilização”. “A introdução de portagens nas A23 e A25 tem suscitado um generalizado repúdio por parte das populações, autarquias e associações empresariais afectadas” lembra a CDU na moção que foi aprovada com 10 votos a favor e 37 abstenções.
Durante a discussão das moções, o deputado do PSD, Pedro Nobre, referiu que o partido é defensor do princípio do utilizador-pagador, mas defende “uma descida substancial” do preço das portagens. Já João Pedro Borges, do PS, disse que o partido também defende “uma descida gradual e progressiva das portagens até ao custo zero e a isenção para as empresas de transportes e logística”.