Guarda

A Assembleia Municipal da Guarda aprovou, por maioria, as contas do Município da Guarda do Ano de 2020. Na reunião que decorreu no dia 29 de Abril, no grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda, a discussão e votação da prestação de contas do Município da Guarda do Ano de 2020 foi o principal ponto da agenda. Carlos Chaves Monteiro considerou que as contas agora aprovadas revelam que “o município está em boa saúde financeira” e que a dívida total da autarquia da Guarda, em 31 de Dezembro de 2020, era de 17,3 milhões de euros.O presidente da autarquia disse que “a receita cobrada média líquida é de 36 milhões e a dívida é de 17,3 milhões de euros”. Explicou que “a dívida não é superior à receita, logo, estamos, também a cumprir a regra do equilíbrio financeiro e concretamente do endividamento”. “Não criámos um euro de dívida” garantiu Carlos Chaves Monteiro recordando que “em 2013 a situação económica do Município era dificílima”. E explicou: “Nós temos um custo com aquilo que foi a responsabilidade do Partido Socialista de dois milhões de euros por ano e já foi de 3,5 milhões de euros por ano, por isso é que, de uma dívida de 64 milhões, hoje devemos nas contas 17 milhões”.O Presidente da autarquia considerou que as contas de 2020 foram marcadas pelo combate à pandemia, indicando que o município teve 553 mil euros de despesa com o combate directo à covid-19 e não arrecadou 472 mil euros de receitas pelo apoio dado à economia local.Na análise ao documento, António Monteirinho, do PS, serviu-se de “sete números” para dizer que as contas da Câmara da Guarda “estão em derrapagem acentuada”, apontando mesmo que em 2021 “ainda serão piores”.Considerou que “os números que marcam as actividades relevantes da autarquia são zero por cento de execução e 100 por cento de propaganda”, em matérias como a despoluição do rio Diz, a construção do Centro de Exposições Transfronteiriço e o Centro de valorização de Produtos Endógenos. António Monteirinho disse que o PS votaria contra “considerando que não ocorreu uma influência significativa tão grande da pandemia nas contas da autarquia”. E acrescentou “A governação da Guarda é como a perdiz, ou está no chão ou voa rente”. O CDS-PP, através do deputado municipal José Carlos Lopes, disse que a bancada votava favoravelmente a prestação de contas porque “é muito melhor o que se passa agora do que o se passava no passado”. Ricardo Neves de Sousa disse que a bancada do PSD votaria a favor pois as contas do município “nunca estiveram tão certas e equilibradas como estão neste momento”. Considerou o “documento bem feito que os próprios revisores de contas aprovaram”.O documento teve o voto contra da CDU e a abstenção do BE.