Eleições para a Federação Distrital do PS


O Secretário-Geral do PS, António José Seguro, votou na sexta-feira, dia 5 de Setembro, cerca das 17.30 horas, na Guarda, para as eleições para a Federação Distrital do PS local, que reelegeram José Albano Marques, que liderava a única lista concorrente com 95,38% dos votos.
António José Seguro, que foi recebido na Guarda por José Albano Marques, foi o 12.º militante a exercer o voto naquela secção, onde está inscrito desde 1995. O actual Secretário-Geral do PS, é o militante número 8.456 da secção da Guarda, onde estão inscritos cerca de 200 militantes, embora só 50 estivessem em condições de votar no acto eleitoral.
Após ter votado, o dirigente nacional do PS declarou aos jornalistas: “Como Secretário-Geral do PS e no momento em que estão a decorrer as eleições para as federações, o meu dever é não fazer nenhuma declaração que não seja um apelo aos socialistas para participarem nos actos eleitorais que decorrem hoje, sexta-feira, e amanhã, sábado”. “Esse é o meu dever e é esse dever que eu aqui vim cumprir como militante na secção da Guarda, votando também nestas eleições”, concluiu.
No sábado, dia 6 de Setembro, na qualidade de candidato às primárias do PS, António José Seguro esteve em Figueira de Castelo Rodrigo, onde afirmou que o país está a voltar ao tempo antes do 25 de Abril e que precisa de “um primeiro-ministro com matriz social”. “Hoje, passados 40 anos desse 25 de Abril, a que é que estamos a assistir? Estamos a assistir ao regresso de antes do 25 de Abril: serviços a fechar, extensões de saúde a fechar, tribunais a fechar e as pessoas a terem de emigrar novamente porque não têm sustento no interior do nosso país”, referiu.
No seu discurso, o candidato recordou que a região tem potencialidades, mas faltam as oportunidades: “Vejam este paradoxo, uma terra fértil, que se for bem trabalhada dá fruto, dá uvas, dá azeite, dá amêndoas e gente sem trabalho. Um património fantástico histórico e natural, um ar que se respira do melhor que há e, no entanto, quando nós olhamos o que vemos são pessoas a perder a esperança e o ânimo”. António José Seguro rejeitou que esta zona do país esteja condenada ao despovoamento e disse não aceitar que “o Interior seja um imenso Lar de idosos e um exército de desempregados”.