Guarda


O assunto do abate de árvores no Parque Municipal da Guarda foi abordado por vários deputados na última reunião da Assembleia Municipal, realizada no dia 29 de Setembro.
O primeiro a falar no assunto foi o deputado do PS António Saraiva que pediu à Câmara que “repense” a intervenção que está planeada. “Eu não sou ambientalista fundamentalista”, disse, acrescentando que “ainda ninguém conseguiu explicar aos munícipes da Guarda o porquê de se deitar abaixo aquele número de árvores”. “Repense esta intervenção”, pediu ao presidente da autarquia. E acrescentou: “Se não repensar esta situação, na História da Guarda o senhor presidente ficará não como quem veio lapidar um diamante, como diz, mas como quem veio delapidar a cidade”. Armando Reis, também do PS, lembrou que no passado, quando estavam para ser abatidas as árvores da Quinta do Alarcão, a população da Guarda também se mobilizou e promoveu um debate público. Reconheceu que o Parque Municipal, que foi intervencionado há cerca de 20 anos precisa de manutenção, mas com o abate de árvores que está previsto “fica descaracterizado”.
O presidente da Câmara reafirmou o que já tinha dito em conferência de imprensa e questionou se existe seriedade quando a providência cautelar interposta pelo grupo de cidadãos é para parar toda a obra prevista na 1.ª fase da intervenção no Parque Municipal. “Isto é rasteira à Guarda. Não queiram rasteirar a Guarda porque estamos a um ano de eleições. Deixem lá estar as árvores, mas deixem fazer as obras e devolver o Parque à cidade”, concluiu Álvaro Amaro.