Aguiar da Beira


O Ministério Público na comarca da Guarda deduziu acusação contra o arguido Pedro Dias pela prática de dois crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada e três crimes de sequestro. O arguido foi ainda acusado de crimes de roubo de automóveis, de armas da GNR e de quantias em dinheiro, bem como de detenção, uso e porte de armas proibidas. O inquérito teve início em 11 de Outubro de 2016, na sequência dos homicídios de um militar da GNR e de um cidadão residente em Trancoso e das tentativas de homicídio de um outro militar da GNR e de uma cidadã também de Trancoso. Estas duas vítimas e uma outra pessoa de Arouca foram ainda sujeitas a sequestro. Atenta a natureza urgente desse processo, foi extraída certidão para instauração de inquérito autónomo relativamente a factos praticados contra uma cidadã residente em Trancoso, a fim de permitir o concreto apuramento das consequências das graves lesões que lhe foram infligidas. Serão, igualmente, objecto de investigação autónoma vários outros actos delituosos, sobretudo de intrusão e de apropriação indevida, que o arguido terá cometido durante o período em que andou a monte. Foi ainda extraída certidão para procedimento criminal contra uma cidadã residente em Arouca, por crime de favorecimento pessoal em benefício do arguido Pedro Dias. “Por se verificar perigo de fuga, perigo para a conservação e veracidade da prova, perigo de continuação da actividade criminosa e perigo de grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas, o Ministério Público requereu que o arguido continuasse em prisão preventiva, medida à qual se encontra sujeito desde 8 de Novembro último”, refere o Ministério Público em comunicado. A investigação dirigida pelo Ministério Público foi executada pela Polícia Judiciária da Guarda.