É minha elementar obrigação, meus queridos (familiares e amigos de sempre), deixar-vos, por escrito, os meus encanto e gratidão pela caminhada que todos acabámos de fazer.


Da minha memória jamais se apagará, v.g., a lembrança de bebés transportados nos seus respectivos carros por adultos e/ou avô.
Ao – naturalmente – apresentar um tal amor pelos seus descendentes e almas de amanhã, a população, as pessoas do lugar dos meus antepassados, situam-se, assim, ao mais elevado nível humano.
Não pode haver melhor.
Como, em carta, me escrevia, recentemente, um amigo, “a lei universal é um interessante elemento da vida. Aplica-se a todas as coisas, em todos os lugares, em todos os tempos. Para ser efectiva não requer qualquer crença pessoal. Tipicamente é uma declaração simplista de um sistema muito mais complexo, que, todavia, de forma alguma diminui o seu valor ou presença. As leis permanecem verdadeiras, quaisquer que sejam as circunstâncias. Nos meus exaustivos estudos de sabedoria antiga e literaturas para-normais concluí que enquanto alguém pode assumir que as leis universais são apenas do interesse de cientistas, engenheiros e matemáticos, são, igualmente, de interesse em metafísica”.
Quanto aos efeitos do exercício físico, tal como decorreu, também isso é um hino à Vida, ao Futuro e à Metafísica. Sabe-se como andar a pé baixa a pressão sanguínea, do mesmo modo que passear o cão ou cuidar do jardim (são exemplos).
A ancestralidade de tais posturas – e a sua aptidão para um futuro de sanidade a todos os níveis – devem, imperativamente, ser realçadas.
O assento traseiro do carro de apoio cheio de petizes é outro quadro a reter. E, já agora, é, também, obrigatório o elogio da logística.
Destarte, uma inexaurível lição de gregarismo, optimismo, natural grandeza relacional e comunitária ficará a brilhar como luz a projectar-se para futuro, ou seja, como poderei eu agradecer-vos e louvar-vos como mereceis?
Dizer-vos que continueis com tão aparentemente simples, mas, de facto, grandiosas iniciativas impõe-se-me. E, humildemente, oferecer os meus modestos préstimos aos meus que o são desde o mistério dos tempos.
A guerra, o amor, o jejum (durante sete dias), a militância (académica, política e sindical), aulas numa universidade estrangeira, a poliglotia, o cosmopolitismo, os museus (de Esparta ao Círculo Polar Árctico), a amizade e relacionalidade com os mais altos espíritos, na Universidade e na Vida, e, todavia, a sublime peculiaridade que Correia Garção tão bem expôs: E que eu desta glória/ só ficarei contente/ que a minha terra amei/ e a minha gente. Citação de memória.
Com efeito, a felicidade é uma escolha, a felicidade é saúde a todos os níveis, pessoais e gregários. A Quintanzinha do Mouratão é uma comunidade tocantemente exemplar.
A emocionada gratidão a todos vós.
A quem eventualmente interesse segue o percurso: Largo da Quintanzinha (assim, nasalada, e não com til, como certa grafia erroneamente a apresenta; as camisetas estão correctas), Cerdeiral, Panóias do Meio, marco geodésico da freguesia – uma vista soberba, a fazer reflectir – Valcovo, proximidades de Prados, Barroquinho, Panóias de Baixo, Quinta das Pereiras, Mouratão e… almoço-convívio. Alcatrão o mínimo possível. Oxigenação e musculação não faltaram e os 78 anos apresentaram-se galhardamente.
    Guarda-24-V-2015