O espaço rural é uma fonte de vida, pois tudo se desenvolve por si só no seu seio.

É a partir deste fenómeno que as mais diversas actividades tiram partido da natureza para alimentar a suas fontes de rentabilidade.
À primeira vista temos a noção que a agricultura é quem tira o maior partido de tudo o que o campo nos dá. Podemos não estar longe da verdade, pode aí caber a maior fatia, mas não podemos esquecer outros dinamismos em que o seu desenvolvimento também assenta no teatro bucólico da ruralidade.
Estamos a falar de florestas, de caça, de pesca, da pastorícia e de outras áreas que têm com palco a vida campestre enquadrada com os mais belos cenários da rusticidade. Se assim não fosse não teríamos ao nosso alcance paisagem que tanto nos deliciam do mais inesperado mirante. Sendo assim e como a agra se vai desertificando em detrimento da população urbana, não é difícil verificar que as gentes da cidade procuram o silêncio dos campos para fugir ao bulício citadino e retemperar das energias perdidas nessa agitação.
Por aqui e por ali, vão-se criando estruturas vocacionadas para receber aquelas pessoas que fogem ao desassossego urbano de todos os dias para se reconstituírem.
A exploração dos campos, nos seus diversos sectores vai-se industrializando, há muito que as forças mecanizadas foram substituindo a força braçal para que tudo dê maior renda e com menos suor despendido, logo para esse desenvolvimento se vai esforçando a engenharia para criar a maquinaria adequada e os técnicos para tirarem partido dos modernos progressos que aparecem no terreno. Esta modernização é constante, ninguém está ao corrente de tudo o que vai chegando, pelo que resulta daí uma constante actualização para fazer face à galopante modernização do apetrechamento agrícola.
No entanto outra actividade aparece a difundir- se pelo nosso meio campesino, estou a falar do turismo, onde se criam estruturas para se desenvolverem actividades para chamarem com a devida cortesia os citadinos à pacatez do campo, onde muitas pessoas por se sentirem bem, vão passando, vão ficando, vão abalando e vão voltando. Tudo isto faz com que durante o ano a oferta se modifique e haja sempre um novo oferecimento com outros produtos sazonais.
Aqui não se deve esquecer a nossa culinária, que embora não tenha raízes conventuais, a nossa cozinha torna-se um verdadeiro chamariz para gente de outras bandas que por aqui passa e gosta de manejar o garfo.
Quem no teatro do turismo rural, desempenhar o papel de actor principal tem gastar muitas energias para poder atingir o fim a que se propõe. Da sua iniciativa vão resultar aqueles objectivos que no arranque estão em carteira, de modo a que se não defraudem aqueles que a devido tempo manifestaram toda a confiança no negócio que entretanto se encetou.
É dentro do que deixo transparecer nestas linhas que aqui chamo o empresário celoricense António Nobre, que por vocação entrou nestas lides deixando para trás uma vida despreocupada e sem encargos.
O seu querer levou a que tomasse conta de imóveis que lhe chegassem pelos seus ascendentes e fosse adquirindo outros para poder dar azo ao seu dinamismo. Para isso, conta com duas estruturas, a primeira situada na zona de Santo António do Rio, bem perto da vila de Celorico da Beira, vocacionada para a restauração e a segunda com a denominação do Vale da Prata, que se situa no vale da Velosa, bem perto desta povoação e que tem por vocação a realização de eventos de vária ordem e alojamento rural. Estas duas unidades estão em actividade todo o ano onde o espírito sazonal mexe com os movimentos que aí se vão desenvolvendo.
Tem o bom gosto de levar a preceito tudo aquilo que se prontifica a levar a cabo, o que lhe permitiu ganhar uma tal nomeada que ultrapassa em muito o nosso âmbito regional.
É por isto que deixo escrito que apraz falar deste empresário onde eu vejo um certo gabarito.
Por aqui fico, até dia 13 de abril se Deus quiser!