Após a tão esperada adjudicação do projecto do órgão de tubos da Sé da Guarda à organaria de Frederic Desmottes (Espanha), no passado dia 3 de Junho, o processo de trabalhos tem avançado a bom ritmo.
 
Assim, passado um mês sobre a adjudicação, no dia 5 de Julho, a comissão técnica do órgão, os representantes diocesanos e a equipa de Fréderic Desmotes estiveram reunidos na Sé, numa jornada intensa de trabalho, para “acertar agulhas” sobre alguns pormenores do instrumento e demais trabalhos concomitantes a realizar para a instalação do Órgão, nomeadamente o restauro das peças decorativas do órgão barroco a integrar no novo instrumento e o suporte sobre a porta principal da Sé.
Após esse encontro de trabalho técnico, o projecto entrou na fase de execução. Assim, segundo o caderno de obra, nesta fase estão a ser executados os trabalhos de construção do móvel do instrumento e os tubos necessários para a registação acordada. Recorde-se que o instrumento será composto por 38 registos (sonoridades), distribuídos em 3 teclados manuais e um teclado de pés.
No próximo mês de Dezembro a Comissão técnica de acompanhamento, integrada pela Arquitecta Cátia Marques, os professores João Vaz e António Esteireiro e o Padre José Luís Farinha, irá deslocar-se a Landete (Espanha), onde se situa a organaria, para verificar o andamento da primeira fase do projecto do nosso Órgão de tubos.
Recorde-se ainda que a construção deste instrumento é completamente artesanal, ou seja, desde a fundição dos tubos, às ferragens, à carpintaria e à marcenaria, tudo é realizado nesta oficina de organaria. Pelo que se torna um trabalho demorado mas, ao mesmo tempo, um trabalho personalizado e de qualidade. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que o nosso órgão da Sé vai ser único, não só no aspecto visual, mas sobretudo no seu som e musicalidade. Será um instrumento que nos irá apaixonar e encantar a alma.  
José Luís Farinha