Reza a história que as Cortes de Tomar [1581], onde Filipe II de Espanha foi aclamado Rei de Portugal, prometeu governar Portugal como reino independente e separado de Espanha, à semelhança do antigo Reino de Leão e Castela.

Porém, o domínio filipino foi-se, com o passar dos anos, acentuando e, com ele, degradou-se o ambiente no País, assim como foi diminuindo a sua autonomia.

Aos olhos estrangeiros, sendo Portugal parte de Espanha, inimiga dos ingleses e holandeses, estes entenderam poder atacar as possessões e interesses portugueses.

A partir de 1621, reinava Filipe III de Portugal [IV de Espanha], começou a germinar o descontentamento luso, face aos sucessivos desmandos e prepotências dos governantes espanhóis [ou de portugueses “compreensivos”], levando ao empobrecimento da população em geral, incluindo a classe burguesa, que via os seus interesses comerciais afectados.

Assim, no dia 1 de Dezembro de 1640, um grupo de fidalgos invadiu o Palácio Real, localizado no Terreiro do Paço (Lisboa), prenderam a Duquesa de Mântua [espanhola e Vice-rei de Portugal, desde 1634] e mataram o português Miguel de Vasconcelos, seu secretário de estado, convencendo, depois, D. João, Duque de Bragança, a aderir à conspiração, com o qual viria a iniciar-se a 4ª Dinastia Portuguesa, aclamado como D. João IV.

O PRIMEIRO de DEZEMBRO viria a ser instituído feriado nacional [em 1910, uma das primeiras decisões da Republica Portuguesa], considerado “Dia da Restauração”, por ser, justamente, uma das datas emblemáticas da História nacional.

Por isso, a MOCIDADE PORTUGUESA [organização juvenil instituída em 19/5/1936] adoptou-o como data das suas comemorações próprias.

Contudo, em 2012, o XIX Governo Constitucional [Passos Coelho/Portas] revogou o feriado!

Só que, o 1º de Dezembro continua a ser comemorado, designadamente pelo “GUIÃO – Centro de Estudos Portugueses” [associação de direito privado sem fins lucrativos], que nele, aliás, assinala o seu 17º aniversário, com várias iniciativas, destacando-se a Homenagem na Praça dos Restauradores (Lisboa), com deposição de uma coroa de flores.

A favor da reposição do feriado – que é o mais antigo dos feriados civis – têm-se ouvido muitas vozes, sendo justo destacar a do ex-deputado José Ribeiro e Castro, por o considerar o mais alto dos feriados patrióticos, sendo um dos compromissos dos partidos que passaram a constituir a maioria na Assembleia da República.

Com, ou (ainda) sem, feriado, devemos comemorar o 1º de Dezembro, símbolo da Restauração de Portugal.

Bom dia

Então apenas uma alteração na capa: a 3ª foto é para cortar – fica apenas com 1,5 cm partir de cima. Depois de feito podem dar andamento à obra.