Ao longo dos temos vindo a ser alertados pelos mais variados meios de comunicação social, que nos fazem chegar as maiores preocupações quanto às alterações do clima no planeta em que vivemos.

Por vezes não prestamos a devida atenção, mas se fizermos uma análise perfeita, vemos que há todas as razões para uma constante inquietação
Constantemente, o mundo é atingido por fenómenos extremos relativamente à temperatura e à pluviosidade. O calor atinge temperaturas fora das normas e o frio desce às temperaturas de que não há registos de coisa igual. A chuva para além de ser mais escassa na média anual, por vezes cai precipitadamente deixando mais danos de que o proveito que se deseja.
Neste país à beira-mar plantado, estamos a viver essa situação, uma chuva muita intensa que caiu na primeira da época invernosa, a que se seguiu a outra metade quase sem chuva e uma primavera extremamente seca, o que faz com que quem viva da agricultura manifeste a sua apreensão quanto à produção agrícola que este ano nos poderá oferecer. Estamos em maio e já com uma seca assumida, logo o desenvolvimento das árvores frutíferas, nomeadamente as de sequeiro não vai ser perfeito, as de regadio ainda não sabemos o alcance da água que podemos ter. Por analogia podemos falar da situação que se aproxima relativamente ao sector pecuário, onde o desenvolvimento das pastagens, bem como das forragens, vai ser altamente deficiente
É evidente que já ouvimos produtores a queixarem-se e com toda a razoabilidade, estou a falar dos produtores de cereja da Cova da Beira, onde apontam uma clara perda na produção relativamente a algumas espécies por terem sido melindradas com a aspereza de umas geadas que atingiram aquela zona fora de época.
Estamos a falar da primeira colheita que se verifica por estas bandas, logo quando outras chegarem também se vão ouvir aqueles a quem a sorte não sorriu.
No que concerne ao gado, a situação não será melhor, pois aí ainda há uma situação mais grave, é que a aridez do ambiente que estamos a viver também se estende por todo o sul da europa, que é de onde importamos as forragens quando a fome também aperta do lado de cá. A vida para os animais de campo durante o período quente que por força do calendário vai chegar, não se prevê nada fácil para a manutenção de manadas de gado, tanto em pastoreio como em estábulo.
Quanto a este detalhe, temos vindo a ouvir com frequência homens da terra, já com a necessidade de colocarem reforço na alimentação dos seus animais, com a indicação de que o pastoreio não é suficiente. Esta distribuição alimentar chega mesmo às colmeias, o que é particularmente grave, tendo em conta de que estamos a viver em maio, conhecido que é pela sua abundância de vegetação miúda e tenra, bem como de muitas flores, que num ano normal seria bastante farto para a alimentação da abelha e a respectiva produção de mel.
Muito embora eu não tenha uma solução para evitar este descalabro, muitas mentes do planeta se debruçam sobre este problema de modo a evitá-lo dentro do prazo possível, atendendo a que o médio já é tardio, de modo a que se evite uma catástrofe global. A voz que quanto a mim mais se faz ouvir é a de um português como líder das nações unidas, estou a falar de António Guterres, que com frequência exprime a sua preocupação quanto à qualidade de vida no Mundo, em detrimento dos interesses económicos que vão molestando a sua sanidade. Nestes constantes avisos, os países mais ricos vão-se fazendo surdos, enquanto que os de economia mais debilitada vão acatando as orientações de modo a que se evitem males maiores.
Este é um assunto que tem pano para mangas, fico-me por aqui, mais por perto de casa, onde há menos quem repare e que mais aflição me causa. Fico na esperança de que os danos fiquem aquém do perigo que tememos que aconteça.
Por aqui vos deixo dentro na tranquilidade possível, penso estar de volta na primeira quinzena de junho. Até lá saúde e boa disposição, ficando eu com a esperança de evitar qualquer melindre.
Fiquem com Deus!