Mensagem para a Quaresma de D. Manuel Felício, Bispo da Guarda

Ajudar a superar a grave crise humanitária que se vive no norte de Moçambique e o fundo de solidariedade gerido conjuntamente pela Caritas e pelas Conferências Vicentinas, são os destinos da renúncia quaresmal deste ano, na Diocese da Guarda. “Querendo nós, ao longo da Quaresma, dar especial cumprimento à recomendação de cuidarmos bem uns dos outros, urge procurar reforçar o nosso propósito de viver a solidariedade e a partilha, especialmente com os mais necessitados”, escreve o Bispo da Guarda.Na mensagem para o tempo de Quaresma, que tem início na próxima quarta-feira, 17 de Fevereiro, com a cerimónia das cinzas, D. Manuel Felício explica as razões da escolha para os fundos que vão ser recolhidos ao longo deste tempo litúrgico que culmina com a celebração da Páscoa, no dia 4 de Abril.  Em relação à parte destinada a Moçambique, o Bispo da Guarda explica que pretende ajudar a superar a grave crise humanitária que se vive no norte daquele país africano, “em que continua a crescer o número de mortos e refugiados”. Assim, metade da renúncia quaresmal será “entregue ao Bispo da Diocese de Pemba (antes chamada Porto Amélia), no norte de Moçambique, D. Luís Fernando Lisboa, o rosto desta causa, que já foi levada ao Parlamento Europeu, suscitou a atenção do Papa e chegou também à nossa Assembleia da República”. D. Manuel Felício recorda que “o primeiro Bispo desta mesma Diocese do norte de Moçambique era natural da nossa Diocese (Aldeia do Souto – Covilhã), o Senhor D. José Garcia, falecido em m 2010”.A outra metade da renúncia quaresmal será para um fundo de solidariedade, dentro da Diocese, gerido conjuntamente pela Caritas e pelas Conferências Vicentinas, “para responder a necessidades novas, fruto da pandemia, entre nós”. O Bispo da Guarda recorda o “bom trabalho realizado conjuntamente por estas duas instituições”, quando houve um fundo de solidariedade criado pela conferência Episcopal, há alguns anos atrás, com o qual foi dada resposta a várias situações de pobreza relevantes, na Diocese.D. Manuel Felício julga que será possível entregar a renúncia quaresmal “na Assembleia do Domingo, no final da Quaresma”, mas caso tal não aconteça deve ser encontrada a forma “julgada mais conveniente”, nomeadamente “através do pároco ou a quem ele indicar”.  Na mensagem que tem por tema “Tempo para fortalecer a cultura do cuidado”, D. Manuel Felício refere que a Quaresma “recomenda-nos a prática do jejum, da oração e da esmola; e também especial acolhimento da Palavra de Deus”. Na recomendação da esmola e da partilha recorda o trabalho desenvolvido pelas “instituições de caridade, como os centros paroquiais e outras, que procuram ajudar quem precisa, privile­giando os mais fragilizados”.“Em tempo de pandemia e na Quaresma, que nos recomenda a oração mais intensa, rezamos pelas vítimas do Covid e suas famílias, pelos profissionais de saúde e outros cuidadores, como capelães e voluntários”, escreve o Bispo da Guarda.