Vaticano


O Papa Francisco pediu, esta terça-feira, 3 de Fevereiro, aos fiéis que dediquem pelo menos 15 minutos por dia ao Evangelho e destacou a esperança que vem de Jesus.
“Façam esta oração de contemplação. ‘Mas eu tenho tanto para fazer!’ Pega no Evangelho, em tua casa, 15 minutos, numa pequena passagem, imagina o que aconteceu e fala com Jesus sobre isso”, recomendou, durante a homilia, na Missa na capela da Casa de Santa Marta.
Para o Papa, é assim que se “faz crescer a esperança”, a “ter optimismo, ser positivo”, porque se tem “o olhar fixo” em Jesus, em vez da “telenovela”, por exemplo.
“O teu ouvido estará fixo nas palavras de Jesus e não tanto nas bisbilhotices do vizinho, da vizinha”, acrescentou.
O Papa disse que contempla e imagina Jesus sempre no meio da multidão, tendo passado a “maior parte da vida” na estrada com as pessoas, e recordou que o Evangelho apenas relata um episódio com Cristo a descansar: “Estava a dormir no barco mas veio a tempestade veio e os discípulos acordaram-no”.
“A oração de contemplação ajuda-nos a ter esperança”, frisou Francisco, que para além desta oração de contemplação, sugeriu que se reze “o rosário”.
“Assim, a nossa vida cristã move-se nesse quadro, entre memória e esperança”, “memória do caminho passado, a memória de tantas graças recebidas do Senhor e a esperança vendo no Senhor que é o único que pode dar esperança”, concluiu.
No início da semana, 2 de Fevereiro, Dia do Consagrado, o Papa disse que os membros das instituições de vida consagrada na Igreja Católica têm de se distinguir pela obediência e a alegria, rejeitando uma vivência da fé “light”.
“Que estejamos livres de viver a nossa consagração de maneira ‘light’ (sic) e desencarnada, como se fosse uma gnose, que reduziria a vida religiosa a uma caricatura, na qual se faz um seguimento sem renúncia, uma oração sem encontro, uma vida fraterna sem comunhão, uma obediência sem confiança, uma caridade sem transcendência”, referiu, durante a homilia da Missa a que presidiu na Basílica de São Pedro.
O Papa Francisco desafiou cada consagrado seguir o “caminho da obediência” de Jesus e a viver na alegria.