O Papa Francisco convocou a III Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos com o tema: “Desafios Pastorais da Família no contexto da Evangelização”

para procurar soluções e respostas pastorais para a evidente crise social e espiritual em que se encontra a família. Tal situação torna-se um desafio pastoral para a Igreja que recebeu de Jesus a missão de anunciar o Evangelho a toda a criatura. De facto o documento preparatório para estes trabalhos diz: “Propor o Evangelho sobre a família neste contexto é mais urgente e necessário do que nunca. A importância deste tema sobressai do facto que o Santo Padre decidiu estabelecer para o Sínodo dos Bispos um itinerário de trabalho em duas etapas: a primeira, a Assembleia Extraordinária de 2014, destinada a especificar o “estado da questão” e a recolher testemunhos e propostas dos Bispos para anunciar e viver, de maneira fidedigna, o Evangelho para a família; a segunda, a Assembleia Geral Ordinária em 2015, em ordem a procurar linhas de ação para a pastoral da pessoa humana e da família.”
Diante de toda esta problemática e por convocação do Papa Francisco, 253 pessoas, incluindo 25 mulheres vão marcar presença neste sínodo. A lista inclui 114 presidentes de conferências episcopais, para além de 16 peritos, 14 casais de vários países e representantes de outras Igrejas cristãs.
 Na preparação para esta Assembleia Extraordinária foi enviado às conferências episcopais de todo o mundo um questionário com 38 perguntas para promover uma consulta alargada às comunidades católicas sobre as principais questões ligadas à família e ao casamento.
Assim, durante esta e a próxima semana, os participantes reflectirão sobre esta vasta temática com o objectivo, segundo o Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário Geral do Sínodo, de “propor ao mundo de hoje a beleza e os valores da família, que emergem do anúncio de Jesus Cristo que dissolve o medo e sustenta a esperança”.
Não se esperando conclusões finais desta Assembleia, ela é só a primeira etapa de um percurso que se concluirá no próximo ano, no 14º Sínodo geral ordinário contudo o Papa não deixou de dizer na homilia da Eucaristia do passado Domingo, dia da abertura dos trabalhos, que: “Podemos frustrar o sonho de Deus se não nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo. O espírito dá-nos a sabedoria que supera a ciência, para trabalharmos generosamente com verdadeira liberdade e humilde criatividade”. Esta será a nossa esperança pela qual rezamos.
Joaquim António Duarte
Presidente do Secretariado Diocesano da Pastoral da Família