Diocese da Guarda

Fazer uma análise e consequente re­flexão sobre o Pré-Seminário ou Seminário em Família e sobre o Seminário foi o assunto principal do Conselho Presbiteral da Diocese da Guarda, que decorreu no Seminário da Guarda, no dia 21 de Fevereiro. Actualmente, a Diocese da Guarda tem apenas 3 seminaristas no Seminário Maior, mas “há sinais de esperança no nosso Pré-Seminário ou Seminário em Família”. À luz de algumas orientações da Igreja sobre a formação sacerdotal, a reflexão sublinhou a responsabilidade transversal a todas as comunidades cristãs quanto a promover as vocações sacerdotais, por todos os meios ao seu alcance. Os membros do Conselho falaram da necessidade de criar ambiente e cultura vocacional em todas as comunidades, o que pode fazer-se quer com momentos fortes e regulares de oração pelas vocações, quer com a atenção devida aos jovens para identificar aqueles aos quais pode e deve ser dirigida a proposta da vocação sacerdotal.“Em todo este processo, é decisiva a intervenção dos sacerdotes, quer porque são as referências imediatas da vida sacerdotal quer porque têm autoridade própria para fazer a proposta desta vocação no momento julgado certo”, refere o comunicado do Conselho Presbiteral, que aponta o “testemunho de vida incluindo a comunhão entre os sacerdotes”, como “factor decisivo em todo o processo do discernimento vocacional necessário”.O serviço diocesano do sacerdote responsável pelo Pré-Seminário ou Seminário em Família foi apontado como fundamental e só fica a ganhar se for desenvolvido em colaboração com os outros sacerdotes e com os agentes pastorais das comunidades. Foi apontada a necessidade de “uma equipa mais alargada constituída por alguma família e alguém com competências na área da psicologia”.A reflexão orientou-se também no sentido de que, embora a proposta da vocação sacerdotal deva ser dirigida a todas as idades, há que privilegiar os jovens mais maduros, com destaque para os ambientes universitário e do ensino superior. O Conselho Presbiteral reconheceu que o facto de o Seminário Maior estar colocado fora do espaço físico da Diocese, em Braga, não ajuda a promover nas comunidades o amor ao Seminário e mesmo o entusiasmo pela promoção das vocações sacerdotais. O desafio passa por descobrir novos caminhos adaptados à situação actual da vida da Igreja e da própria sociedade que permitam fazer a proposta da vocação sacerdotal de forma adaptado às situações actuais.Foi recordado que “a celebração da Eucaristia é determinante para a vitalidade das comunidades e sem sacerdotes não temos Eucaristia”.A apresentação das contas da Diocese relativas ao ano de 2019 e as dinâmicas preparadas para ajudar a viver a Quaresma foram outros dos assuntos analisados. A renúncia quaresmal será orien­tada para os seminários, Sumbe, onde a Liga dos Servos de Jesus tem a Missão D. João de Oliveira Matos e, por outro, para ajudar a requalificação do Seminário da Guarda.