Diocese da Guarda


“A falta de sinodalidade na vida em Presbitério, com clara falta de escuta entre os sacerdotes, incluindo o Bispo Diocesano” foi uma das conclusões do Conselho Presbiteral da Diocese da Guarda que reuniu no dia 18 de Fevereiro, no Seminário da Guarda. “Há decisões tomadas em que se nota que não houve a necessária escuta”, acrescenta o comunicado do Secretariado Permanente do Conselho Presbiteral.
A falta de exemplos de equipas sacerdotais verdadeiramente empenhadas em processos de discernimento e compromisso conjunto no trabalho pastoral bem como o pouco envolvimento dos leigos nos processos de decisão, foram outras das conclusões saídas da reunião em que estiveram presentes 19 dos seus 24 membros.
No encontro também foi feita a avaliação da Assem­bleia Diocesana de Representantes do Povo de Deus, realizada em 2017, após três anos de preparação, que se quis fazer em estilo de caminhada sinodal. Sobre este assunto “observou-se que uma parte significativa dos objetivos pretendidos não se atingiram, mas as suas proposições foram pertinentes”. O comunicado adianta que “vários intervenientes disseram que se nota falta de coragem e de estratégia para que essas proposi­ções estejam a ser bem aplicadas, nomeadamente no que respeita à tão solicitada reorganização pastoral da Diocese”.
“Quanto à dificuldade sentida para envolver mais os leigos nos processos de participação e de caminho sinodal, chamou-se a atenção para o facto de haver bastante falta de formação e apelou-se a que sejam criadas as condições necessárias para que a Escola Teológica de Leigos possa prestar este serviço, de forma o mais abrangente possível, a toda a Diocese”, refere o comunicado
A reunião também dedicou algum tempo a avaliar a forma como está a decorrer na Diocese a proposta de sinodalidade feita a partir da Comissão Sinodal Diocesana e mediada pelas Comissões Sinodais Arci­prestais. O documento adianta que “as informações dadas por vários delegados arcipres­tais registam boas iniciativas realizadas tanto a partir de grupos da vida interna das comunidades cristãs como de fóruns organizados para captar sensibilidades vindas de âmbitos extra eclesiais”.
No final do encontro “foi feita uma reflexão sobre como viver, da melhor maneira, a Quaresma, que se aproxima, nomeadamente quanto ao exercício do Ministério da Reconciliação e o serviço de acompanhamento de pessoas e grupos, para motivar a conversão que o tempo quaresmal especialmente propõe”.