Diocese da Guarda


A situação decorrente do relatório da Comissão Independente para o estudo de abusos na Igreja em Portugal, foi um dos assuntos analisados pelo Conselho presbiteral da Diocese da Guarda que decorreu no 17 de Fevereiro de 2023, no Seminário da Guarda.
O Conselho manifestou profundo pesar perante os testemunhos referenciados e o propósito de contribuir para ajudar as vítimas a superar o seu drama e lhes seja feita a devida justiça.
O Conselho também reflectiu sobre “como implementar, nas comunidades, os três ministérios instituídos de Catequista, Acólito e Leitor, de acordo com as normas canónicas mais recentes”. Em comunicado, a Diocese da Guarda adianta que o sentir comum dos conselheiros, em representação dos respectivos arciprestados, foi que está “pela frente longo caminho a percorrer”. O desafio passa por saber superar “o risco da clericalização”, desde o início, a começar por critérios bem definidos para discernir bem a escolha dos candidatos.
A falta de “programas de formação” adaptados aos diferentes candidatos e seus contextos foi uma das lacunas apresentadas.
Em relação às unidades pastorais, o Conselho Presbiteral considerou que “não devem ser constituídas à custa da eliminação de paróquias”. E adiantou: “Impõe-se um maior esforço para mudar a mentalidade das pessoas, incluindo dos próprios sacerdotes, fazendo compreender e experimentar que a união de várias comunidades, com a sua história e tradição próprias, tem sempre mais vantagens do que prejuízos”.
NO Conselho Presbiteral foi decidido “orientar a renúncia quaresmal deste ano para as vítimas do terramoto da Turquia e Síria, através da Caritas Diocesana e a Internacional e destinar uma parte para apoiar jovens carenciados, que, de outra maneira, não poderiam participar na Jornada Mundial da Juventude marcada para o próximo Verão.