Na homília do primeiro dia de 2022

O Bispo da Guarda referiu, na homilia do primeiro dia do ano de 2022, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, que o diálogo entre gerações, a educação e o trabalho digno são “condições indispensáveis para se conseguir chegar à paz duradoira”.“Para haver desenvolvimento verdadeiro, é necessária a colaboração de todos e, por isso, a experiência dos mais adiantados na idade precisa de ser bem conjugada com a força e a criatividade dos mais novos para termos pessoas felizes e sociedades com a devida coesão” disse D. Manuel Felício na celebração do Dia Mundial da Paz. E acrescentou: “Só com o diálogo e a cooperação entre todos, e sobretudo entre as distintas gerações, podemos conseguir o desejado equilíbrio, que garante a paz”, Para haver um “desenvolvimento verdadeiro”, o Bispo da Guarda considera que “é necessária a colaboração de todos” e, por isso, “a experiência dos mais adiantados na idade precisa de ser bem conjugada com a força e a criatividade dos mais novos” para se ter “pessoas felizes e sociedades com a devida coesão”. Acrescenta que o progresso tecnológico “separou as gerações” porque “os mais novos tiveram e têm sempre mais capacidade de nele se inserirem e o aproveitarem”, basta ver “a facilidade com que eles manejam as máquinas e, quantas vezes, em substituição das mais elementares relações humanas”.“Mas também não é menos verdade que as crises, e temos agora o exemplo da pandemia, vieram dizer-nos que cada um nunca se pode salvar sozinho e, por isso, só caminhos de solidariedade e cooperação nos podem garantir futuro digno e sustentável”, refere o Bispo da Guarda.Citando a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz em que recorda que a educação “será sempre o insubstituível motor da paz”, D. Manuel Felício acrescentou que “os gastos com a educação precisam de ser considerados mais como investimento do que despesa”.Perante a vasta assembleia de fiéis reunidos na Sé Catedral, o Bispo da Guarda propôs o desenvolvimento de “um novo modelo de cultura alicerçada no chamado pacto educativo global, em que é preciso empenhar todos os agentes que têm responsabilidade no processo educativo, como são logicamente as escolas e as universidades, mas também e antes delas as famílias”.D. Manuel Felício disse ainda que o mundo do trabalho é outro factor do qual depende, “em larga medida, a construção da paz”, pelo trabalho cada indivíduo “realiza-se a si próprio, desenvolvendo as suas capacidades e pondo-as a funcionar; mas também estabelece relações de cooperação com os outros, participando na aventura comum de construir um mundo cada vez mais habitável e belo”.