Conhecer todos os projectos apresentados pelos partidos que concorrem às eleições legislativas, do dia 6 de Outubro,

é um desafio essencial para votar bem e em consciência. A avaliar pelo número de forças políticas que irão constar no boletim de voto, a tarefa não parece muito fácil.

De acordo com a Comissão Nacional de Eleições há quatro anos foram 16 as forças políticas a votos nas legislativas de 4 de Outubro, mas apenas doze (dez partidos e duas coligações) concorreram aos 22 círculos eleitorais, enquanto em 2011 esse número tinha sido de 17 forças políticas, das quais dez em todos os círculos eleitorais.

Este ano serão 21 forças políticas concorrentes: as seis com assento parlamentar - PSD, PS, BE, CDU (coligação que junta PCP e Verdes) CDS-PP e PAN e outras 15 - Aliança, RIR, Chega e Iniciativa Liberal (estreantes), PNR, PURP, MAS, PDR, PTP, PCTP-MRPP, Livre, PPM, MPT, JPP e Nós, Cidadãos!.
No círculo eleitoral da Guarda vão concorrer 19 partidos ou coligações.

Os números dão que pensar! Podemos interrogar-nos sobre as razões do aparecimento de tantas forças políticas, mesmo estando nós numa sociedade dita democrática. O que move homens e mulheres para a criação de novos partidos? Desilusão, desencanto, inconformismo ou protagonismo? Seja qual for o motivo, afigura-se difícil, ao comum dos eleitores, conhecer as propostas de todas as forças partidárias que se apresentam a sufrágio.

A escolha cabe aos cidadãos, aos eleitores, com a certeza de que o voto tem de ser sempre pessoal, livre, responsável, consciente e fruto de um correcto discernimento. Era bom que assim fosse e assim acontecesse!