O Dia Mundial do Turismo, que se celebra a 27 de Setembro, é visto pela Obra Nacional da Pastoral do Turismo, como ocasião para lembrar desigualdades económicas, geográficas e geracionais.
O texto refere que “a actividade turística tem de estar, primeiramente, ao serviço da dignidade da pessoa, não apenas de quem usufrui desta actividade, mas igualmente de quem nela trabalha. Deve servir a dignidade humana pela via da satisfação das necessidades económicas e de subsistência dos trabalhadores do turismo”.
Em Portugal a actividade turística tem a vindo a crescer consideravelmente ao longo dos últimos anos, de tal forma que o nosso país já foi considerado como melhor destino a nível mundial. É certo que que o grande fluxo se regista, principalmente, nas cidades do litoral ou de maior riqueza patrimonial. Também há quem prefira os lugares recônditos do Portugal, do interior profundo.
É muito importante que o turismo possa servir o desenvolvimento integral do território, de maneira a potenciar a especificidade de cada região. Descobrir usos e costumes, vivências e tradições de cada povo pode ser um desafio interessante mesmo para quem faz turismo cá dentro. E há tanto para descobrir e viver!
A actividade turística, lembra a Obra Nacional da Pastoral do Turismo, deverá ser geradora de “diálogo intercultural, para a promoção das culturas locais, no respeito pela identidade de cada comunidade, e, muito especialmente, formar para o acolhimento das pessoas, sabendo que o turismo vive precisamente do autêntico encontro interpessoal”.
Há projectos na nossa região que começam a dar nas vistas e precisam de ser divulgados e apoiados. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística a actividade turística no Centro de Portugal registou um crescimento muito significativo, comparativamente ao mês de Julho de 2018. Sem dúvida uma boa notícia que abre caminhos de esperança a todos aqueles que apostam no turismo e, acima de tudo apostam na proximidade com as pessoas.
A aprovação da candidatura da Serra da Estrela como Geoparque Mundial, pelo Conselho de Geoparques Mundiais da UNESCO, pode e deve ser aproveitada para potenciar ainda mais uma marca que identifica uma vasta região. Se a esta zona juntarmos as potencialidades da Reserva Natural da Malcata e do Parque Arqueológico do Vale do Côa as vantagens serão muito maiores. Haja vontade e disponibilidade para enfrentar os desafios de uma forma abrangente, sem esquecer o principal potencial que são as pessoas. Todo o Interior ficará a ganhar.