O Palácio Nacional de Mafra e Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, foram classificados Património Cultural Mundial pela UNESCO.

Esta decisão foi anunciada, no Domingo, dia 7 de Julho, na reunião do comité da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, em Baku, no Azerbaijão.

Estes monumentos, que todos os anos recebem milhares de visitantes de todo o mundo, ganham assim nova visibilidade. A notícia da classificação era aguardada com alguma expectativa e mereceu a reacção do Presidente da República. “A inscrição do Palácio Nacional de Mafra e do Santuário do Bom Jesus em Braga na Lista do Património Mundial elaborada pela UNESCO é um motivo de grande regozijo”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa.

Perante tão grande distinção, o Presidente da República quis saudar “vivamente os promotores destas candidaturas, os autarcas, os diplomatas, as autoridades civis e eclesiásticas” e todos aqueles que “na sociedade civil, ajudam a levar mais longe o património português físico, histórico, artístico, religioso ou intelectual”.

Por estas palavras podemos dizer que o reconhecimento da UNESCO tem um valor único e incalculável projectando estes monumentos de uma forma grandiosa e única. A classificação ultrapassa as fronteiras do país, e augura tempos favoráveis não só para os monumentos mas para toda a envolvente em que estão inseridos. Sem qualquer dúvida que tanto um como outro vão ser ainda mais procurados, mais visitados e muito mais compreendidos.

Não é a primeira vez que ouvimos dizer que a Guarda quer candidatar isto ou aquilo a Património Mundial Cultural da Unesco. Já falaram do Centro Histórico onde a Catedral assume um estatuto especial e único a nível nacional; já falaram no cobertor de papa de Maçainhas, produzido a partir de lã churra de ovelha e considerado “um dos produtos mais identitários do concelho”; das campainhas de Maçainhas e até da verga de Gonçalo.

O concelho da Guarda tem inúmeras potencialidades patrimoniais e culturais que merecem mais atenção e estima, mas ainda há um logo caminho a percorrer para serem projectados numa dimensão maior. Mas uma coisa é certa: o caminho faz-se caminhando e para se fazer é preciso dar o primeiro passo.
Também neste processo, é importante olhar o passado com gratidão, viver o presente com alegria e encarar o futuro sem medo. O sucesso de cada povo, do seu património e da sua cultura começa com a própria auto-estima.