Em muitos lugares, o tempo de pandemia, que ainda estamos a viver,

fez disparar os pedidos de ajuda e, ao mesmo tempo, grandes gestos de solidariedade e partilha. De um momento para o outro, instituições como a Cáritas foram confrontadas com a crise económica e social de muitas famílias com necessidades urgentes que exigem respostas imediatas.
Apareceram campanhas solidárias para responder às situações de carência e apoiar as vítimas da pandemia de Covid-19. Multiplicaram-se os gestos e a sociedade mobilizou-se com o intuito de ninguém ficar esquecido, de ninguém ficar para trás. 
Os organismos representativos dos bispos católicos na Europa lançaram mesmo um apelo conjunto em defesa das populações mais atingidas pela crise sanitária, social e económica provocada pela pandemia de Covid-19.“Vamos todos trabalhar juntos para uma recuperação que não deixe ninguém para trás”, pediu a Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia e o Conselho das Conferências Episcopais da Europa.A posição conjunta manifesta preocupação “com a crise económica e a consequente perda de um grande número de empregos”. 
Numa altura em que a situação parece começar a normalizar, o Papa Francisco põe o dedo na ferida e pede “muita atenção, não cantem já vitória, não cantem vitória antes do tempo”.Ainda bem que há alguém que vai lembrando que continua a ser necessário seguir com cuidado as normas vigentes, porque são normas que nos ajudam a evitar que o vírus ganhe força.  
Também neste ponto vale mais prevenir do que remediar e não nos podemos esquecer de que em muitos países o vírus ainda está a provocar muitas vítimas. Até agora, os dados dizem que a pandemia de Covid-19 já causou cerca de 396 mil mortos em todo o mundo desde que o coronavírus foi detectado na China em Dezembro de 2019. Os números são assustadores e dão que pensar. E, em Portugal, parece que ainda estamos muito longe de cantar vitória sobre uma pandemia que teima em não desaparecer assim tão depressa.