O migrante é o que “muda de região ou de país” e o refugiado é todo aquele que abandonou o seu país para escapar à guerra, fome, condenação, perseguição e que encontrou refúgio noutra nação.


Tanto uns como outros devem ser vistos na sua dignidade de ser pessoa, com os mesmos direitos e deveres. Sabemos que não é assim que sempre acontece e damos conta de tantas atrocidades a que estão sujeitos.

O desafio passa por lutar contra o individualismo, a indiferença, ou mesmo contra a consideração dos migrantes e refugiados como causa dos males que afectam as sociedades.

‘Não São Apenas Migrantes’ é tema da 47.ª Semana Nacional das Migrações, promovida pela Igreja Católica, de 11 a 18 de Agosto.
Tal como acontece todos os anos o grande destaque desta jornada é Peregrinação Nacional do Migrante e Refugiado 2019, ao Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de Agosto.

Hoje mais do que nunca, o migrante deve “ser acolhido e não devolvido ao país de origem”, protegido e não apenas socorrido, “promovido em vez de abandonado à sua sorte, de ser integrado na sociedade e não empurrado para guetos”.

Sabemos que não é apenas por causa da sua condição de ser peregrino que o ser humano se desloca do torrão e do país onde nasceu. A maior parte das vezes acontece devido a guerras, perseguições, cataclismos e à fome.

A situação que se passa desde há vários anos e, actualmente com mais frequência, no mar Mediterrâneo, é desastrosa e ultrajante para o próprio ser humano. As águas já engoliram centenas e centenas de vidas desejosas de um futuro melhor. O clamor aflito de tantos homens e mulheres, jovens e crianças não deixa de se fazer ouvir em cada tragédia. E já são tantas!

Olhar para os migrantes e refugiados é um desafio que não pode ser esquecido, evitando assim que o homem se torne o lobo do homem.
Infelizmente, na dita sociedade civilizada, o homem é o maior inimigo do próprio homem. Cada vez mais o homem é capaz de grandes atrocidades e barbaridades contra elementos da sua própria espécie.