Jesus nasceu, é Natal 

O documento da União Europeia sobre o Natal é um anacronismo” da “laicidade liquefacta”. As palavras são do Papa Francisco ao responder às perguntas dos jornalistas durante o voo de regresso a Roma no final de sua viagem a Chipre e Grécia.O documento da Comissão Europeia que convida a não utilizar palavras e nomes que não garantiriam “o direito de toda pessoa a ser tratada em pé de igualdade” gerou controvérsia e discórdia pela tendência de querer padronizar tudo. Apesar de ser um documento interno que teria como objectivo evitar discriminações e convidar à inclusão rapidamente gerou discórdia e acabou por ser retirado. No manual para uma comunicação mais adequada que a União Europeia pretende impingir, há o convite a dar preferência à expressão “período de festividades” ao contrário de “período de Natal”. De facto, para garantir o direito de “cada pessoa a ser tratada com igualdade”, eliminam-se palavras como “Senhora” e “Senhor”, mas também “Natal” e nomes como “Maria” ou “João”. Apresentado como um documento que pretende garantir tratamento de igualdade, “quando não se sabe respeitar as justas diferenças, no final corre-se o risco de destruir a pessoa”.Numa sociedade tão adversa ao religioso e mergulhada em preconceitos, há cada vez mais a tendência para impingir novas ditaduras de pensamento. Quando se quer dar liberdade e igualdade a uns tantos, em detrimento das convicções de muitos outros, alguma coisa não está a caminhar bem. O respeito de uns nunca pode implicar o aniquilamento de outros. Quer queiram, quer não, o Natal está entranhado no povo e faz parte das suas vivências. Basta olhar para as aldeias, vilas e cidades de todo o país para darmos conta da proximidade das pessoas com a representação do Presépio. São séculos de história a falar e a criar laços de fraternidade. Por isso, hoje, formulo votos de um Santo e Feliz Natal para todos os assinantes, leitores, amigos e anunciantes do Jornal A GUARDA, porque Jesus nasceu.