“Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, dos Santos Pedro e Paulo, e São Francisco, a fim de que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e peço-vos: rezem por mim”, disse o Papa Francisco, no dia 19 de Março de 2013, na missa solene na Praça São Pedro, quando dava início ao Pontificado.


Brincou com a escolha dos cardeais que o foram buscar “quase ao fim do mundo”, numa referência á longínqua Argentina, onde era arcebispo metropolitano de Buenos Aires.
Quando foi criado cardeal, pelo então Papa João Paulo II, convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma e, em vez de irem ao Vaticano celebrar a nomeação, pediu que dessem o dinheiro da viagem aos pobres.

Surpreendeu com a escolha do nome Francisco fazendo referência ao santo de Assis, à “sua simplicidade e dedicação aos pobres” e motivado por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, que após a eleição, lhe pediu para que não se esquecesse dos pobres. “Foi por causa dos pobres que pensei em Francisco. Depois, enquanto o escrutínio prosseguia, pensei nas guerras, e assim surgiu o homem da paz, o homem que ama e protege a criação, com o qual hoje temos uma relação que não é tão boa”, haveria de explicar para justificar a escolha.

Atento a tudo o que se passa no mundo e na igreja, o Papa Francisco tem dado prioridade aos mais fracos e esquecidos. Foi à Ilha de Lampedusa onde lembrou milhares de imigrantes norte-africanos que morreram e continuam a morrer durante a travessia para a ilha. Nas inúmeras viagens que realizou, denunciou injustiças e pediu a paz. Enfrentou os problemas sem medos ou preconceitos mesmo aqueles que estão a abrir feridas dentro da própria Igreja.

Transmitiu sabedoria e ensinamentos nas Encíclicas Lumen fidei (Luz da Fé), Laudato si (Louvado Seja) e nas Exortações apostólicas Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho), Amoris laetitia (Alegria do Amor) e Gaudete et exsultate (Alegrai-vos e exultai!).
Simples, humilde, directo e principalmente, orante, é assim que vejo o meu Papa Francisco. Sei que “a intercessão da Virgem Maria, de São José, dos Santos Pedro e Paulo, e São Francisco” o vai continuar a proteger no governo do Povo de Deus, principalmente nos momentos de provação e desencanto.

Numa semana em que decorre em Fátima o Simpósio Nacional do Clero, que tem como tema “O Padre, Ministro e Testemunha da alegria do Evangelho”, os Bispos portugueses escreveram ao Papa para agradecer “a oportuna e corajosa Carta ao Povo de Deus, sobre o drama do abuso de menores por parte de membros responsáveis da Igreja”.
Os bispos manifestam também “fraterna proximidade e o total apoio” bem como “plena comunhão” com a “missão de Pastor universal e completa adesão ao Seu magistério”.