Entre o medo e o amor
A epidemia de Covid-19, que foi detectada em Dezembro, na China, e já provocou mais de 4000 mortos, em vários países, com Portugal a registar 41 casos confirmados de infecção, segundo a Direcção-Geral da Saúde, está a causar o medo e o pânico um pouco por todo o lado. Nos últimos dias o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte. De hora a hora damos conta do cancelamento de actividades culturais, gastronómicas, desportivas e até mesmo religiosas.
A Conferência Episcopal Portuguesa pediu que fossem seguidas estritamente as indicações e normas da Direcção Geral de Saúde e para evitar situações de risco, recomendou algumas medidas de prudência nas celebrações e espaços litúrgicos, como, por exemplo, a Comunhão na mão, a Comunhão por intinção dos sacerdotes concelebrantes, a omissão do gesto da paz e o não uso da água nas pias de água benta.
Na Diocese da Guarda, por exemplo, o Bispo lembrou a necessidade de algumas precauções e sugeriu mesmo que em vez do atendimento individual de confissão, possa ser usada, durante esta Quaresma, a prática da Reconciliação de vários penitentes, com confissão e absolvição geral.Perante esta situação não devemos descuidar as indicações que possam ajudar na prevenção e combate à propagação do Coronavírus (Covid-19), mas não podemos andar amedrontados e obcecados.
No meio de toda este corrupio há uma semana que nos lembra que a “Cáritas é Amor”. A preocupação com os outros tem sido um dos sinais distintivos da Cáritas que, no ano de 2019, atendeu e ajudou a perto de 100 mil pessoas. A dedicação diária de alguns, de que quase ninguém fala, tem feito mais alegre e feliz a vida de muitas pessoas.