“Neste XXXI Dia Mundial do Doente e em pleno percurso sinodal, convido-vos a reflectir sobre o facto de podermos aprender,

precisamente através da experiência da fragilidade e da doença, a caminhar juntos segundo o estilo de Deus, que é proximidade, compaixão e ternura”, escreve o Papa na Mensagem para o XXXI Dia Mundial do Doente, que se assinala este sábado, dia 11 de Fevereiro.
Instituído pelo Papa João Paulo II, em 1992, o Dia Mundial do Doente, que acontece na memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes (França), é apresentado como “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.
O texto da mensagem lembra que a doença faz parte da nossa experiência humana. “Mas pode tornar-se desumana, se for vivida no isolamento e no abandono, se não for acompanhada pelo desvelo e a compaixão. Ao caminhar juntos, é normal que alguém se sinta mal, tenha de parar pelo cansaço ou por qualquer percalço no percurso”.
Apesar de fazer parte da existência humana raramente ou nunca estamos preparados para a doença e muitas vezes nem sequer para admitir a idade avançada.
Numa sociedade marcada pela pressa do consumismo “não há espaço para a fragilidade”.
A mensagem para este ano lembra que “o Dia Mundial do Doente não convida apenas à oração e à proximidade com os que sofrem, mas visa ao mesmo tempo sensibilizar o povo de Deus, as instituições de saúde e a sociedade civil para uma nova forma de avançar juntos”.
O avançar juntos significa que também no campo da doença todos devemos saber assumir como própria a fragilidade dos outros, um desafio que não é fácil mas que com esforço, entrega e desprendimento se torna possível.