1 A região da Guarda é rica em monumentos e sítios. Sem grande esforço damos conta de autênticas maravilhas quer naturais, quer erguidas com o esforço e a vontade do homem.


Nas imediações da Estrela, da Malcata e da Marofa, nas bacias do Zêzere, do Mondego e do Côa, há vales e recantos que deslumbram mesmo os mais distraídos. Há miradouros que nos transportam para paisagens paradisíacas de cortar a respiração.
Em cada povo, erguem-se monumentos que nos transportam para as nossas origens, para as nossas raízes. Castelos, muralhas, pelourinhos, pontes, museus, igrejas, alminhas e casas senhoriais dão forma e beleza a tantos povos espalhados nas encostas, nas planícies e nos vales de uma zona pouco divulgada e tão esquecida.
Saber aproveitar as oportunidades, é o grande desafio que se impõe não só a quem está à frente dos povos, mas também a todos os que têm interesse e carinho pelos lugares onde mergulham as suas origens.
Mais do que aos organismos públicos ou privados, mais do que às agências de viagens, é aos nativos de cada lugar que cabe, em primeiro lugar, promover o que é próprio e genuíno de cada povo. E há tanto para mostrar em cada terra deste interior que não pode nem deve ser esquecido.
“Património Cultural e Turismo Sustentável” é o desafio do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se assinala, na quarta-feira, 18 de Abril de 2018.
A data pretende promover os monumentos e sítios históricos e valorizar o património português, ao mesmo tempo que tenta alertar para a necessidade da sua conservação e protecção.
Instituída a 18 de Abril de 1982 pelo ICOMOS - Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios, uma associação de profissionais da conservação do património, esta data foi aprovada pela UNESCO em 1983.
2 No âmbito do programa nacional para o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios estão programadas as seguintes actividades no distrito da Guarda: Centro de Estudos e Arquitectura Militar - Património Cultural Por Todas as Gerações (Almeida); Rapa/Fornotelheiro - Os Caminhos de Santiago no Concelho de Celorico da Beira, Fornotelheiro - O Enforcado (Celorico da Beira); Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo - Encontros com a História, Castelo de Monforte de Ribacôa - Visita guiada às ruínas do Castelo de Monforte de Ribacôa, Castelo de Monforte de Ribacôa - Visita Guiada às Ruínas do Castelo de Monforte Na Rota do Património Cultural e do Turismo Sustentável no Vale do Côa: O Castelo de Monforte de Ribacôa, Centro Interpretativo e Museológico de Algodres - A dança das sementes, entre o arado e o motor (Figueira de Castelo Rodrigo); Pelourinho de Fornos de Algodres - Rota das Formigas (Fornos de Algodres); Termas de Longroiva - Umas Termas dentro de uma falha geológica, da pré-história Recente à actualidade” (Mêda); Cidadelhe - Cidadelhe, viagem ao calcanhar do Mundo (Pinhel); Auditório do Cinema Jacinto Ramos e Escola do 2º e 3ºciclos - Lendas do Nogueirão - Documentário da Folk&wild para a Casa do Bandarra (Trancoso); Museu do Côa - Dinâmicas inter-geracionais do Património Cultural, Pedreiras do Poio - De um oceano arcaico nasceram muros, pombais, vinhas e arte rupestre (Vila Nova de Foz Côa).
Para um território tão vasto e tão rico, a oferta fica muito abaixo do espectável. Mas mais vale pouco do que nada e o caminho faz-se caminhando.