Na memória de São Joaquim e Santa Ana, que se assinala esta sexta-feira, 26 de Julho, lembramos os avós.

Por serem os pais de Maria, são eles os avós maternos de Jesus e, talvez por isso, o culto a Santa Ana apareça no Oriente já no século VI. Mais recentemente foi introduzido também o culto de São Joaquim. Uma antiga tradição, que remonta ao séc. II, refere que Joaquim e Ana eram os nomes dos pais de Nossa Senhora.

Os meios rudimentares da altura não deixaram apagar da memória colectiva o nome destas duas figuras ímpares da história do Cristianismo e da Humanidade. Tratar as pessoas pelo nome continua a ser uma atitude de confiança, respeito, consideração e reconhecimento.

Por detrás de uma pessoa há sempre uma história única que nos deve fazer pensar. Ao pronunciarmos determinados nomes damos conta da força que algumas pessoas exercem ou exerceram na nossa vida. Basta um nome para nos trazer à memória recordações de tanta gente que se cruza ou cruzou connosco.

Quando olhamos para os mais idosos apercebemo-nos de que, no nosso tempo, os avós são desafiados a ensinar aos netos, a importância de saber interagir com as pessoas em detrimento do uso das máquinas. Esta é a ideia chave da Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família para Dia dos Avós, onde também é sugerida a rejeição de impaciência, de indiferença, de desprezo e de violência em relação aos mais velhos.

O documento lembra que “não basta que os avós passem para as mãos dos netos instrumentos electrónicos sofisticados e reconhecer neles as competências inatas para lidar com as novas tecnologias”.

Para a Comissão Episcopal do Laicado e Família é cada vez “mais urgente” ajudar os netos a “interiorizar que a comunicação, a ternura, a relação, o olhar e o abraço humanos são insubstituíveis”.

“Importa que aprendam que é mais importante escutar, contemplar, conversar, partilhar, discutir e interagir com pessoas do que lidar com máquinas”.

Os avós são desafiados a “enfrentar algumas resistências”, convidando os netos a “voltar um pouco atrás no tempo” dando prioridade às relações entre pessoas.

“Que os encontros e reencontros, deste tempo de verão, sejam ocasião propícia para que os avós transmitam os grandes valores humanos e cristãos aos seus netos”, refere a Comissão Episcopal do Laicado e Família.