Portugal é chamado a escolher o próximo Presidente da República, este Domingo, 24 de Janeiro.

Depois de uma campanha atípica devido à pandemia que o país enfrenta, à semelhança do que está a suceder um pouco por todo o mundo, os eleitores, mesmo confinados, podem e devem exercer o direito de voto. Os candidatos esgrimiram argumentos, ao longo das últimas semanas, e procuraram cativar principalmente os mais indecisos. Da extrema-direita à extrema-esquerda, dos conservadores aos mais liberais, há candidatos para todos os gostos e feitios na corrida ao Palácio de Belém. Pouco ou nada convergentes nas ideias, ou falta delas, para a futuro do país, os candidatos, cinco homens e duas mulheres, acusaram-se mutuamente sem nunca procurarem pontos convergentes. Marisa Matias, Marcelo Rebelo de Sousa, Tiago Mayan, André Ventura, Vitorino Silva, João Ferreira e Ana Gomes estão no caminho dos próximos cinco anos ao Palácio, localizado em Belém, outrora palácio de reis mas agora monumento nacional e sede da Presidência da República Portuguesa. Num mundo em mudança, está nas mãos dos eleitores a decisão de escolher o próximo inquilino do Palácio onde a bandeira de cor verde com o escudo nacional - o estandarte presidencial - é hasteada indicando a presença do Presidente em Belém. Neste processo ainda há quem pense que já está tudo decidido e opte por ficar em casa deixando, nas mãos de estranhos, a escolha que também lhe pertence. Nas eleições presidenciais os níveis de abstenção têm sido demasiado elevados para um país que se diz livre e democrático. Mesmo em tempo de pandemia não há nada que justifique o comodismo de tantos que delegam noutros a decisão tão importante da escolha do seu Presidente. Quem assim procede fica, irremediavelmente, sem autoridade moral para criticar as decisões do futuro Presidente da República. Nunca nos podemos esquecer que, em Democracia, todos os cidadãos elegíveis participam igualmente, directamente ou através de representantes eleitos, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Por isso, este Domingo, vá votar!