A Semana de todas as semanas

Domingo de Ramos, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, é o início da Semana Santa, a Semana de todas as semanas. Esta tradição cristã celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo.Este Domingo recordamos como Jesus foi recebido em Jerusalém pela multidão que o aclamou como rei. Apesar de aparecer montado num jumentinho, em sinal de humildade, a multidão estendeu as capas, cortou ramos e aclamou Jesus como o Messias, o rei de Israel.Este ano, em muitos países e lugares, a Semana Maior ficará marcada por celebrações vazias de gente. A pandemia, que continua a deixar marcas em tantas famílias e comunidades, que provoca medo e desconfiança, parece não dar tréguas. De um momento para o outro, a humanidade vê-se mergulhada numa “guerra invisível” cujo fim não se vislumbra. Multiplicam-se os gestos de solidariedade e entreajuda numa “barca” onde todos têm de remar no mesmo sentido. No meio desta grande “tempestade”, a bonança ainda parece vir longe. E como dizia o Papa Francisco “a tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projectos, os nossos hábitos e prioridades”. E mais: “A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades”.Palavras sábias que nos devem ajudar a olhar para este tempo como um tempo de purificação e esperança. Um tempo em que olhamos uns pelos outros e não podemos deixar ninguém para trás, principalmente os mais vulneráveis e idosos. É assim que devemos entrar, na Semana de todas as Semanas.