Vamos celebrar a Páscoa Cristã. Esta é uma das festividades mais importantes para o cristianismo, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo, a vitória da vida sobre a morte.


Todos os anos, no primeiro domingo a seguir à primeira lua cheia da Primavera (no Hemisfério Norte) e do Outono (no Hemisfério Sul), é recordado este acontecimento que marcou a humanidade. A data acontece sempre entre os dias 22 de Março e 25 de Abril. Este ano será no próximo Domingo, dia 1 de Abril.
Ao longo dos últimos 40 dias que precederam a Semana Santa e a Páscoa, ou seja, no tempo da Quaresma, os católicos foram convidados a viver na oração, no jejum e na esmola.
Na região da Guarda e um pouco por toda a Diocese, multiplicam-se tradições de religiosidade popular, nomeadamente a Via Sacra, os dramas da Paixão, os Martírios, e a Encomendação das Almas. Um património imaterial valiosíssimo que é preciso não esquecer e preservar.
No Domingo de Ramos, dia em que teve início a Semana Santa, os afilhados reencontram os padrinhos, através da entrega do ramo, gesto premiado, no Domingo de Páscoa, com a entrega do folar. Esta é uma das tradições que tem vindo a desaparecer com o passar do tempo devido, em grande parte, à falta de sentido de pertença familiar.
Os dias do Tríduo Pascal da Paixão Morte e Ressurreição de Jesus eram dias marcantes nos povos da Beira. Os trabalhos mais duros tinham de esperar pela passagem da Festa das Flores.
Na Sexta-Feira Santa, dia em que os cristãos celebram a morte de Jesus, a adoração da Cruz continua a atrair grandes multidões. O toque dos sinos é substituído pelo das matracas lembrando o sofrimento e o silêncio do Calvário.
A Vigília Pascal, celebração central do calendário litúrgico, é a mais importante na Igreja Católica. É a mãe de todas a vigílias e o coração do Ano litúrgico. A celebração da Vigília pascal consta de quatro partes: a liturgia da luz ou “lucernário”; a liturgia da Palavra; a liturgia baptismal; e a liturgia eucarística.
O lume novo e o círio pascal representam a luz da Páscoa, que é Cristo, luz do mundo. Na liturgia da Palavra as leituras do Antigo Testamento recordam as maravilhas de Deus na história da salvação e as do Novo Testamento o anúncio da Ressurreição. Na liturgia baptismal faz-se a bênção da fonte baptismal e a renovação das promessas do Baptismo.
A liturgia eucarística é o momento da memória do sacrifício da Cruz, da presença de Cristo Ressuscitado, lembrando a Páscoa eterna.
Nestes quatro momentos celebrativos, a unidade do plano de salvação de Deus em favor dos homens, que se realiza plenamente na Páscoa de Cristo por nós, aparece como fio condutor. Por isso, a Ressurreição de Cristo é o fundamento da fé e da esperança da Igreja. É o tempo das alvíssaras!
Em plena Semana Santa, a Igreja da Diocese da Guarda celebra a Páscoa eterna do seu bispo emérito, D. António dos Santos. Lá do alto, da casa do Pai, qual apóstolo humilde e reservado, continuará a zelar por esta porção de povo que Deus lhe confiou.