Os veículos importados valem 105 mil matrículas, ou seja, a importação de veículos de passageiros em Portugal representou 67,1% dos registos feitos entre nós durante 2022.
Mais precisamente, 104.908 unidades. Uma situação preocupante, pois, se Portugal sempre foi um país onde os usados importados tiveram grande expressão, as percentagens andavam pelos 20 a 25% das matrículas novas. Desde 2019 que tem vindo a subir bastante!
A falta de semicondutores, a falta de produto usado para venda foram razões aduzidas por Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP. Por outro lado, aquele responsável da ACAP deixou claro que “os canais de livre circulação na União Europeia levaram a que houvesse este nível de importação.” Com uma média de idade de 7 anos, os modelos importados são uma preocupação para a ACAP. Pablo Puey, diretor de operações da Stellantis em Portugal e presidente do Conselho Estratégico da ACAP, afirmou que “a primeira preocupação que temos é ambiental. Se um carro que está a entrar tem sete anos, venha de onde venha, está a aumentar as emissões do país. A nossa primeira preocupação é que temos um parque velho que é poluente e que temos de renovar.” Obviamente que, como não deixou de lembrar Pablo Puey, um mercado que vende 180 mil unidades e tem 100 mil carros usados importados, “tem de ser de grande preocupação!”