Nuno Fernandes é um jovem cozinheiro da Guarda que apostou na criação do próprio negócio e abriu, no dia 19 de Junho de 2017, o «Snack-Bar Pikó Ponto»

na Avenida da Igreja, Torre 1, na Guarda-Gare, junto do Largo da Estação, que serve tapas e petiscos diversos. O bar e restaurante, que aposta em pratos tradicionais, surgiu quando o proprietário, que tem o curso de cozinheiro ministrado pela Escola Afonso de Albuquerque, esteve dois anos a trabalhar por conta de outrem e decidiu apostar na criação do próprio emprego. Decidiu ficar pela Guarda-Gare ao verificar que, na altura, o snack-bar onde agora desenvolve a sua actividade estava para venda. “Como estava a funcionar, praticamente foi só fazer o investimento com a aquisição do equipamento para a cozinha”, disse ao jornal A GUARDA o proprietário e cozinheiro que no dia-a-dia conta com o apoio de uma ajudante de cozinha. O «Pikó Ponto» é especializado em tapas e petiscos tradicionais e tem sempre uma sopa do dia. “Tentamos fazer as sopas mais antigas como de vagens secas, de lavrador ou caldo de grão”, disse Nuno Fernandes. Nas tapas e petiscos destacam-se: bifanas, pregos, moelas, calhos, pica-pau, iscas de fígado, asas de frango frito, patinhas de rã (servidas sempre por encomenda), pés de coentrada, codornizes fritas, etc. Nesta altura do ano, ao domingo, serve bucho e ossos cozidos. “O bucho e enchidos grelhados é o prato mais procurado nesta época. Tenho tido vários grupos que comem a batata cozida, o grelo e o bucho”, contou. O estabelecimento, que disponibiliza cerca de 40 lugares sentados, também vende comida para fora e acolhe grupos por marcação.
O snack-bar funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 8.00 horas às 23.00 horas e aos domingos das 9.00 horas às 23.00 horas, estando encerrado ao sábado para descanso do pessoal. O jovem proprietário do espaço contou que os dias de maior movimento são as sextas-feiras e os domingos. No entanto, diariamente regista uma boa afluência de clientes: “A partir das 17.00/18.00 horas é o período (diário) de maior afluência, quando o pessoal chega do trabalho, ou antes da partida do comboio das 13.00 horas, em que as pessoas aproveitam para comer qualquer coisa”. O cliente-alvo da casa “é pessoal acima dos 50 anos, que se lembra das sopas e dos sabores de antigamente”, disse Nuno Fernandes, referindo que procura sempre disponibilizar pratos e sabores típicos da cozinha regional. O estabelecimento também oferece à clientela uma ampla carta de vinhos, que inclui “um bocadinho de cada região do país” e, em particular, da Beira Interior, segundo o proprietário. O «Snack-Bar Pikó Ponto», que possui um ambiente familiar, já tem clientela certa. “Tenho aquele cliente que vem aqui todos os dias. Aos fins-de-semana vou tendo sempre pessoas diferentes, mas durante a semana tenho aquele cliente certo que quando chega já sabemos o que quer. Como tenho página no Facebook (https://pt-pt.facebook.com/pikoponto/) vem aqui muita gente que tem conhecimento da casa por essa via”, disse. Por enquanto, Nuno Fernandes não se arrepende do passo que deu: “Trabalhar por conta própria é diferente. Uma pessoa esforça-se mas, ao mesmo tempo, sabemos que é para nós”. No futuro, o jovem admite poder vir a ampliar o negócio. Como o actual espaço é limitado, equaciona prolongar o snack-bar para a loja do lado que está devoluta: “Um dia podemos ter uma ampliação. Quem sabe?”. O estabelecimento está localizado próximo da antiga fábrica Delphi, que fechou as portas em Dezembro de 2010, vaticinando o jovem empresário que, se a unidade fabril ainda funcionasse, para o negócio “era uma maravilha”. No entanto, aponta que nos antigos pavilhões da Delphi está a funcionar uma unidade da Coficab, que já dá algum movimento ao snack-bar, pois alguns dos trabalhadores são seus clientes.