Sameiro | Manteigas


Na Freguesia do Sameiro, no concelho de Manteigas, localiza-se o complexo de Turismo de Habitação denominado Casas do Sameiro, constituído por três casas distintas, que surgiu em 2004 por iniciativa do empresário João Esteves Sabugueiro. “O investimento teve origem no espírito empreendedor do meu pai que detectou uma oportunidade na sua aldeia natal, na qual não havia nenhum estabelecimento de hospedagem para turistas. Pioneiro na aldeia, e relativamente ao tipo de infra-estrutura pioneiro, também, no concelho de Manteigas, decidiu investir no restauro de uma habitação tradicional antiga da sua avó, que nos últimos tempos serviria apenas de «loja do porco» (rés-do-chão onde criavam o porco). Manteve as paredes antigas originais em xisto que podemos observar no interior do salão da primeira casa, a Casa da Era. As casas seguintes tiveram o mesmo tipo de origem; casas antigas, sempre com a traça exterior em xisto (típico da aldeia e da região)”, contou ao Jornal A GUARDA Daniela Sabugueiro, filha do proprietário e gerente das Casas do Sameiro. O empresário investiu cerca de 300 mil euros no projecto, sem qualquer tipo de apoio. As Casas do Sameiro são compostas por três casas distintas: a Casa da Era, a Casa da Latada e a Casa do Cerro. A Casa da Era tem 3 quartos de casal, 2 quartos duplos e um quarto triplo, todos com wc privado. Tem um salão no rés-do-chão e cozinha equipada. No exterior tem um terraço espaçoso com zona de churrasqueira. A Casa da Latada tem 4 quartos de casal com wc privado e, no rés-do-chão, sala/cozinha equipada com terraço. A Casa do Cerro tem 4 quartos de casal com capacidade para cama extra, todos com wc privado, e sala/cozinha equipada ampla no rés-do-chão. No total, as Casas do Sameiro têm capacidade para 35 pessoas.
De acordo com Daniela Sabugueiro, as Casas do Sameiro “têm uma dupla funcionalidade que nos permite captar vários tipos de clientes: por um lado facilmente alojamos grupos de amigos ou familiares dada a capacidade das casas e também pelo facto de conseguirem reunir e conviver todos juntos numa só casa; por outro lado, um casal sozinho sente-se do mesmo modo à vontade nas nossas casas, pois privilegia da zona privada do quarto e das espaçosas zonas comuns apenas no rés-do-chão”. “Aliado às condições das nossas casas, não podemos esquecer o facto de estarmos a 5 minutos da Pista de Sky, do parque e da praia fluvial da Relva da Reboleira, estamos inseridos na rede de trilhos pedestres, dispomos de uma escola de parapente a pouco mais de um quilómetro, do Clube Vertical Voo Livre que permite (mediante reserva e boa vontade de condições atmosféricas) da experiência única do baptismo de voo de parapente. Estamos a 5 minutos de Manteigas e a pouco mais de 30 minutos da Torre”, remata a gerente da unidade. A responsável refere ainda que as Casas do Sameiro têm beneficiado das actividades desportivas, culturais e de lazer (BTT, caminhadas, parapente, Feiras, etc.) que o Município de Manteigas promove. “De facto, notamos uma crescente procura por actividades ligadas ao desporto promovido pela Câmara Municipal de Manteigas. Como já temos actividade há alguns anos, temos fidelizados alguns grupos de BTT do Norte do país que nos fazem aumentar a procura pelo «passa palavra» entre grupos/amigos. Nos últimos tempos, e neste caso principalmente turistas estrangeiros, maioritariamente franceses e nórdicos procuram os trilhos pedestres promovidos pela Câmara Municipal de Manteigas e também entusiastas da Grande Rota do Zezêre”, explicou. “Dada a nossa estreita ligação e entreajuda com o Grupo Vertical Voo Livre (parapente), podemos afirmar que sempre que se realiza uma actividade ligada a esta modalidade a taxa de ocupação é de 100% nos primeiros dias de divulgação de cartaz”, concluiu. A gerente reconhece ainda que o projecto é importante para a região da Serra da Estrela, pois “as Casas do Sameiro vieram alargar a oferta de alojamentos na Serra da Estrela e colmatam a escassez de oferta para grupos”. Quanto à taxa de ocupação registada, Daniela Sabugueiro explicou que, como em todos os negócios existe a chamada “época morta”, nos meses de Abril/Maio e Setembro/Outubro, mas dá conta de “uma taxa de ocupação média constante de 65/70% com picos de procura nos meses de Inverno (conforme a neve, de Dezembro a Fevereiro) e taxa de ocupação de 100% no mês de Agosto”.