A sétima e mais longa etapa do Rali Dakar 2020, que decorreu no domingo,

ficou marcada pela morte de Paulo Gonçalves. O piloto de motas, de 40 anos, morreu na sequência de uma queda violenta ao quilómetro 276 da 7ª etapa, que terá causado sérias lesões. Foi o piloto de motas australiano Toby Price o primeiro a encontrar o português, que já se encontrava em paragem cardiorrespiratória. Paulo Gonçalves estava a disputar o 13.º Dakar da sua carreira. Em 2013 foi campeão do Mundo de Rally todo o terreno. Entretanto, na última segunda feira, a Hero MotoSports Team anunciou a desistência e a retirada da equipa da prova.
Em homenagem a Paulo Gonçalves, a etapa 8 foi cancelada para as motos e quads. Ao final da etapa 9, de terça feira, nas motas, Mário Patrão (KTM) continuava a fazer uma prova equilibrada e cautelosa, chegando em 25º, e estava na 35ª da classificação geral. António Maio estava em 28º e Fausto Mota (Husqvarna) em 33º. Nos carros, Paulo Fiuza, navegador de Stéphane Peterhansel estava em 3º da tabela e Filipe Palmeiro, navegador de Benediktas Vanagas encontrava-se em 17º. Nos SSV, Pedro Bianchi Prata, em equipa com Conrad Rautenbach, estava em 4º da tabela geral.
Antes da trágica morte de Paulo Gonçalves, já tinham ficado para trás o seu colega de equipa e cunhado, Joaquim Rodrigues Jr., a primeira baixa portuguesa. O piloto teve um problema elétrico logo ao quilómetro 86 da primeira especial, deixando-o fora da classificação, e passando a realizar a prova na classe “Dakar Experience”. Na sexta etapa, e quando ocupava o 18º lugar da geral, o colega de equipa e luso alemão Sebastian Bühler seguiu-lhe os passos. Nos carros, Ricardo e Manuel Porém também foram desclassificados devido a avaria, e regressaram em ‘Dakar Experience’, mas problemas de direção e a falha de vários waypoint levaram ao abandono definitivo.