Iniciativa vai decorrer entre 4 e 18 de Junho


O 3.º Simpósio Internacional de Arte Contemporânea Cidade da Guarda (SIAC), a realizar entre 4 e 18 de Junho, pelo Município da Guarda através do seu Museu, inclui nomes de artistas como Paula Rego, Susana Miranda ou Fernanda Fragateiro. Sob o tema “As vanguardas da Memória”, o Simpósio decorrerá por 15 dias, com 140 artistas, oriundos de 21 países. Paula Rego, uma das mais conceituadas artistas plásticas da actualidade, assina a exposição principal intitulada “As infâncias perduráveis”, que reúne colecções provenientes da Casa das Histórias Paula Rego, do Centro de Arte Manuel de Brito e da Fundação de Serralves. A Guarda e em particular o SIAC prestam assim tributo a “um dos maiores nomes da pintura portuguesa, figura proeminente das artes lusas”. A inauguração da exposição será no dia 8 de Junho às 18.00 horas, com a presença do Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes. No mesmo dia, o SIAC destaca as cinco obras dos artistas Nikias Skapinakis, José de Guimarães, Júlio Resende, Luís Pinto Coelho e João Hogan que serão cedidas para o depósito do Museu da Guarda no âmbito de um protocolo com o Novo Banco/Cultura, no âmbito de um protocolo com a Câmara Municipal. Para ver estarão também outras 10 exposições e ainda instalações, arte ao vivo (escultura, pintura e gravura), colóquios, palestras, arte urbana, ateliês, poesia visual, recitais, apresentação de livros e ciclos documentais. A edição de 2018 traz também algumas novidades, como é o caso do 1.º Congresso de Criação na Arte Contemporânea, que decorrerá nos dias 8 e 9 de Junho, ou ainda a Land Art que leva actividades do Simpósio à localidade de Vila Soeiro, no dia 16 de Junho.
Na conferência de imprensa de apresentação do programa do evento, realizada na segunda-feira, dia 28 de Maio, na Capela do Solar dos Póvoas, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, disse que o mesmo inclui “várias manifestações culturais” que “vão até à ruralidade”, com a iniciativa que está agendada Vila Soeiro. O autarca referiu que o SIAC é “uma marca distintiva da Guarda, muito importante” e que são iniciativas desta natureza que motivam o Município a preparar a candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura 2027. Ainda de acordo com Álvaro Amaro, a 3.ª edição do SIAC tem um orçamento de 75 mil euros.
O vereador da Cultura, Victor Amaral, disse na apresentação do SIAC 2018 que no evento, que durará quinze dias, estarão representados 21 países, com um total de 140 artistas e 10 exposições. A edição irá desenrolar-se em vários locais da cidade como o Museu, o Teatro Municipal da Guarda, a Alameda de Santo André, a Praça Luís de Camões, o Solar dos Póvoas, a Rua 31 de Janeiro, o Arquivo Distrital e o Campus Internacional de Arte Contemporânea. Uma dúzia de escultores irão trabalhar ao vivo na Alameda de Santo André e as obras que produzirem “vão enriquecer o acervo cultural da cidade”, como aconteceu nas edições anteriores, e haverá também pintura ao vivo na Praça Velha. Em colaboração com a Associação Domínio do Mondego, será feita a ligação ao mundo rural, estando programada a realização de uma instalação artística numa antiga fábrica de Vila Soeiro. Victor Amaral referiu ainda o reforço da componente formativa e o envolvimento das crianças das escolas da cidade e dos alunos do curso de Artes da Escola Secundária da Sé. Já o director do Museu da Guarda, João Mendes Rosa, referiu que o SIAC apresenta um programa transdisciplinar e este ano assume “um vínculo extremamente forte no que diz respeito à literatura”, com a realização de um curso de poesia visual.
O Simpósio é uma iniciativa organizada pelo Município da Guarda e o seu Museu e, na sua edição de 2018, tem o apoio da Universidade de Salamanca, Espanha, da Casa das Histórias Paula Rego, da Fundação D. Luís, do Centro de Arte Manuel de Brito e da Fundação Serralves.