De 2 a 16 de Junho, na Guarda


“Um dos principais projectos culturais da cidade” regressa, de 2 a 16 de Junho, à Guarda, pelo quarto ano consecutivo, desta vez com o tema “Terra Herdada | Paisagens Legadas” ao mesmo tempo que lembra o Centenário do Nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen. O 4º Simpósio Internacional de Arte Contemporânea (SIAC) – Cidade da Guarda 2019 foi apresentado, na última sexta-feira, 24 de Maio, no antigo Cine Teatro, um espaço “que traduz muito da história da Guarda”.
Carlos Monteiro, presidente da Câmara da Guarda, disse que o SIAC é “uma marca que vai na sua quarta edição” e, desta vez, também vai dar vida a “um espaço devoluto da cidade”, o antigo Cine Teatro.
Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, José Pedro Croft e Zulmiro de Carvalho integram a llista de artistas plásticos que participam no Simpósio Internacional de Arte Contemporânea, um evento que acontece um pouco por toda a cidade, nomeadamente no Museu, Praça Luís de Camões, Torre de Menagem, e Teatro Municipal da Guarda.
A edição deste ano conta com a participação de mais de 130 artistas de 15 países, designadamente Angola, Alemanha, Brasil, Canadá, Espanha, França, Guiné, Holanda, Inglaterra, Moçambique, Portugal, Polónia, Turquia, Ucrânia, Venezuela.
Carlos Monteiro adiantou que nas iniciativas, de diferentes áreas, que vão acontecer na Guarda, “os artistas podem desenvolver mais o seu talento”.
A 4ª edição do SIAC tem como tema central “Terra Herdada | Paisagens Legadas” e envolve recitais de poesia, exposições, apresentações de livros, palestras, ciclos documentais, ciclo de cinema, cursos académicos, urban art, musica e dança contemporânea, workshops e produção de escultura e pintura ao vivo.
O evento presta também um tributo a Sophia de Mello Breyner Andresen por ocasião do centenário do seu nascimento. Durante o SIAC haverá diversas iniciativas ligadas a Sophia Mello Breyner Andresen, em que se insere a apresentação dos livros “Almadilha. Ensaios sobre Sophia de Mello Breyner Andresen” de Federico Bertolazzi, e “Sophia de Mello Breyner Andresen, O Nu na Antiguidade Clássica e Antologia de Poemas sobre a Grécia”, com edição de Maria Andresen de Sousa Tavares, bem como um Curso-Oficina de poesia Experimental e o Recital poético “Poesia de Sophia”.
A pensar na candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, a 4ª edição do SIAC terá exposições de arte contemporânea em Seia, Vila Nova de Foz Côa, Belmonte, Covilhã e Mongarraz (Espanha). Para Vitor Amaral a posta passa por “fazer cada vez mais a ligação com as cidades parceiras da nossa candidatura”. De acordo com o vereador da cultura da Câmara da Guarda “esta é a melhor edição de sempre do SIAC que trará outros desafios para o futuro”.
João Rosa, Director do Museu da Guarda, considerou que a edição deste ano do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea tem “um programa arrojado e à medida das aspirações da cidade”.
Recorde-se que o Simpósio foi distinguido, em 2017, com o prémio “Melhor Projecto Internacional” e a menção honrosa “Incorporação de Bens Culturais e artísticos”, galardões atribuídos pela Associação Portuguesa de Museologia ao Município da Guarda a propósito da primeira edição, em 2016, do SIAC.