Inaugurado no dia 25 de Abril


A Câmara Municipal da Guarda inaugurou, no dia 25 de Abril, o Campus Internacional de Escultura Contemporânea no bosque da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço e do Centro de Estudos Ibéricos. Com o novo espaço de arte e de lazer da cidade, a autarquia pretende aumentar a atracção turística da Guarda.
O novo Campus Internacional de Escultura Contemporânea da Guarda foi criado numa zona ao ar livre, valorizando o espaço natural, “num diálogo entre o elemento paisagístico e o criativo”, convidando o cidadão “a usufruir da arte em contexto de lazer e reapropriação do espaço”, de acordo com informação disponibilizada pela autarquia. No recinto estão colocadas 11 esculturas, esculpidas em mármore e em ferro, que foram produzidas pelos seus autores durante o último Simpósio Internacional de Arte Contemporânea da Cidade da Guarda. Estão ali expostas obras de arte de Milena Taneva (Bulgária), Elena Saracino (Itália), Kei Nakamura (Japão), Nils Hansen (Alemanha), José A. Elvira (Espanha), Susana Piteira (Portugal), Alexey Kanis (Rússia), David Léger (França), Thierry Ferreira (França/Portugal), Florencio Maíllo (Espanha) e Masa Paunovic (Sérvia).
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal da Guarda referiu que o Campus Internacional de Escultura Contemporânea vai ser um ponto de atracção “muito importante” para a cidade e, com isso, a autarquia ambiciona beneficiar a economia local. Álvaro Amaro disse aos jornalistas que o Município pretende “afirmar cada vez mais a Guarda como uma Capital da Cultura na Região Centro e aos olhos do país”, existindo também uma proximidade e uma ligação a Espanha onde existe um mercado potencial de 6 milhões de pessoas. “Na verdade, nós temos que aumentar os nossos pontos de atracção”, afirmou o autarca, lembrando que o Município está a preparar a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027.
Após a inauguração do novo espaço cultural da cidade, foi assinado um convénio de colaboração cultural entre os Municípios da Guarda e de Santa Marta de Tormes (Salamanca, Espanha). O autarca de Santa Marta de Tormes, David Mingo, disse que pretende aproveitar a experiência da Guarda em termos culturais, para criar dinâmicas no seu Município que levem os cerca de 1,4 milhões de turistas que anualmente visitam Salamanca, a deslocar-se também ali e a gerar economia. Um dos propósitos da autarquia é dar uma alternativa aos turistas que vão a Salamanca, para que “cruzem o rio e passem 5 ou 6 horas em Santa Marta de Tormes”, explicou. Daí que tenha referido que o convénio é muito importante para o seu Município que é pequeno, mas “ambicioso”. Já o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, disse que “falar de economia e de cultura no tempo de hoje é desejável” e lembrou que sempre defendeu o princípio de “aumentar o poder de atracção e de estimular a economia local”.
Antes da inauguração do Campus Internacional de Escultura Contemporânea decorreu a cerimónia do hastear da bandeira, junto ao edifício dos Paços do Concelho, que contou com a participação da Banda Filarmónica de Famalicão da Serra e das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, de Gonçalo e de Famalicão da Serra. As comemorações prosseguiram no Jardim José de Lemos com a inauguração da exposição “Gente de Abril”. O programa incluiu ainda a assinatura do Acordo de Cooperação para “Remodelação do Edifício Sede da Junta de Freguesia e Criação do Centro de Recursos Partilhados - Casa Tavares”, entre o Município e a União de Freguesias de Corujeira e Trinta, e o descerramento de placas de homenagem, a título póstumo, a Manuel Cerdeira Monteiro (foi presidente da Junta de Freguesia de S. Vicente, entre 2002 e 2009), na Avenida Cidade de Safed - Jardim/Fonte interactiva) e a Joaquim Pina Gomes (foi presidente da Câmara Municipal da Guarda entre 1958 e 1966), no Jardim do Largo 1.º de Dezembro. O programa comemorativo dos 44 anos da “Revolução dos Cravos” terminou com um espectáculo de Rui Veloso, no palco do Grande Auditório do TMG.