Guarda - Iniciativa conta com o envolvimento dos colaboradores

“Portas fechadas! Poemas abertos!” é o tema da iniciativa que a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, está a promover com o envolvimento dos colaboradores. Mesmo de portas fechadas a equipa da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço continua a pensar nos leitores, desta vez, com todos os elementos da equipa a dar voz a alguns poetas de autores conhecidos.Cada elemento da equipa escolheu um poema para ler com entusiasmo, ficando posteriormente disponível da página de facebook da Biblioteca.“A ideia, que já estava em maturação há algum tempo, foi agora implementada já que, estando encerrados ao público, achamos que devemos continuar a oferecer serviços à comunidade, nomeadamente em suporte digital” disse António Oliveira, sobre a iniciativa, ao Jornal A GUARDA. Adiantou que foi pedido a todos os funcionários, “sem excepção, que escolhessem um poema e o gravassem a ler”, com a intenção DE mobilizar, motivar e envolver toda a equipa que constitui e constrói a biblioteca no dia-a-dia, aproveitando a sua dinâmica, desta vez a ler. “Escolhemos a poesia pois esta tem sido usada, em todos os países e em todas as eras, como forma de expressar os mais variados sentimentos, como o amor, amizade, tristeza, saudade, etc.  Permite, também, uma melhor assimilação por parte do público e é passível de ser utilizada em formato de curta filmagem”, explicou.António Oliveira referiu que os elementos da equipa não são profissionais a ler mas têm orgulho em mostrar ao público que são pessoas ‘normais’. Nenhum elemento tem experiência de leitura de poemas mas, mesmo assim, “querem oferecer novos serviços, aproveitando para dinamizar e promover o livro e a leitura, aqui em forma de poemas”. A equipa acolheu com entusiasmo o desafio e espera que a comunidade receba bem a iniciativa. Já foram publicadas as primeiras gravações nas redes sociais estando disponíveis os poemas “A Biblioteca” de Manuel António Pina, dito por Margarida Neves (Bibliotecária); “Aquela Nuvem” de Eugénio de Andrade, dito por Natividade Gonçalves (Serviço de Digitalização); “Pelo lado norte vem o cortante vento do mar” de Al Berto, dito por António Oliveira (Bibliotecário); “A Ana quer” de Manuel António Pina; dito por Conceição Pereira (Serviço de Limpeza); “Madrigal” de Camilo Pessanha, dito por Leandro Martins (Serviço Administrativo).Segue-se a divulgação dos poemas: “Tenho um gato amarelo” de José Jorge Letria; “Numa casa muito estranha” de António Mota; “Basta imaginar” de Manuel António Pina; “O elefante” de Américo Rodrigues; “Gigões e Anantes” de Manuel António Pina; “Aos políticos” de Joaquim Chamisso; “A um tuberculoso” de Joaquim Chamisso; “Torre de névoa” de Florbela Espanca; “Ser poeta” de Florbela Espanca; “Script” de Dulcineia Sibila; e “Mar português” de Fernando Pessoa.