Barragem do Caldeirão está com “níveis muito bons”


“O Estado central vai ter que encontrar rapidamente formas de apoio para os nossos agricultores, até sob o ponto de vista da silvo-pastorícia, porque nós temos muitos rebanhos e muitas manadas no nosso território e se essas pessoas tiverem que vender o gado é território abandonado, é menos território vigiado, é menos território limpo. E, nós, não queremos que isso aconteça”, disse o Presidente da Câmara da Guarda em relação à situação de seca que o país está a viver.
No final da reunião quinzenal do executivo municipal, do dia 22 de Junho, Sérgio Costa mostrou grande preocupação em relação às dificuldades com que se estão a debater os agricultores do concelho da Guarda, nomeadamente em a falta de água para a pecuária e para a rega dos campos agrícolas. E explicou: “Nós estamos muito atentos e muito preocupados em relação a essa matéria. Eu tenho falado com alguns criadores de gado, que estão francamente preocupados, porque, para além da falta de água para os animais, o preço das rações, dos fenos e das aveias disparou quase para o dobro”.
Sérgio Costa referiu que a Câmara da Guarda aprovou recentemente apoios específicos para as raças autóctones e mostrou disponibilidade para aprovar outro tipo de apoios, sem esquecer que “em primeiro lugar, cabe ao Estado central essa obrigação”. E acrescentou: “É muito preocupante e temos que estar sempre a acompanhar, com as associações de produtores, toda essa problemática”.
O autarca referiu ainda que “os serviços estão a preparar o plano de adaptação a estas alterações climáticas, no caso concreto para este ano de pouca pluviosidade”.
Em relação à barragem do Caldeirão, que abastece o concelho da Guarda, disse que “está a níveis muito bons”. Explicou que “neste momento, o que nos preocupa tem a ver com os espaços verdes e a redução que tem que existir gradualmente dos tempos de rega. No que diz respeito ao consumo humano ainda é cedo para nós podermos dizer o que quer que seja, porque ainda não foi sinalizado nada nem da Agência Portuguesa do Ambiente, nem das entidades gestoras da barragem do caldeirão”.