Câmara da Guarda


“Todos os cenários estão em análise de uma forma franca e aberta, todos os cenários estão em aberto”, disse o presidente da Câmara da Guarda em relação ao impasse que se mantém em torno do orçamento da Câmara da Guarda para 2024, reprovado pelos vereadores da oposição.
Sérgio Costa lança mesmo um repto aos vereadores do PSD e à vereadora do PS para que aproximem “para nos podermos articular todos na persecução deste grande objectivo que é a Guarda”.
O autarca referiu que “a preocupação deste executivo municipal é a Guarda, não é qualquer interesse partidário, não é qualquer interesse pessoal, não é qualquer clientelismo, não é pela política”. E acrescentou: “ O que nos preocupa é a Guarda e a nossa opção será sempre a Guarda e os Guardenses e por isso é que nós elaborámos este orçamento”.
Sobre o documento considerou que “o orçamento até está muito bem elaborado”, apontado tratar-se do “melhor orçamento que elaborei até hoje”.
“É um orçamento que permite termos aqui os instrumentos necessários para implementar os investimentos para os próximos anos com os fundos comunitários e é esse o caminho que vamos continuar a percorrer”, explicou o autarca.
Sobre as reuniões privadas que decorreram com os vereadores do PSD e com a vereadora do PS, o presidente da autarquia não adiantou qualquer pormenor “por uma questão de cordialidade e respeito pelos próprios e pela própria democracia”. E acrescentou: “O que se fala nessas reuniões é lá que deve ficar”.
Sérgio Costa disse que “o processo continua” e espera ver “tão breve quanto possível se ainda poderemos levar a efeito, ou não do orçamento municipal”.
Recorde-se que o presidente da Câmara tem manifestado abertura para que a oposição pudesse apresentar contributos. As reuniões com os vereadores da oposição tiveram lugar no dia 6 de Dezembro, sem que tenha sido alcançado consenso.
No final da última reunião, realizada no dia 7 de Dezembro, os vereadores do PSD e do PS voltaram a criticar o documento.
“Fomos solicitados a revêr a nossa posição mas a nossa posição mantém-se”, disse a vereadora do PS. Adelaide Campos disse que a posição do PS “tem muito a ver com o passado, com a falta de concretização e a falta de cumprimento das promessas”. Explicou que “todas as propostas que foram feitas pelos partidos na Assembleia Municipal não foram concretizadas e agora o senhor presidente pede que apresentem contributos”.
Lembrou as propostas apresentadas em Assembleia Municipal sobre a natalidade, a fiscalidade jovem, a reabilitação do centro histórico e a transmissão das reuniões do executivo ‘online”, que continuam por concretizar.
Adelaide Campos adiantou que “para todos os efeitos a oposição é a maioria da cidade da Guarda e a oposição pensa de forma contrária àquilo que tem sido colocado em prática pelo presidente”.
Carlos Chaves Monteiro disse que os vereadores do PSD estão “sempre abertos ao diálogo”. Apontou como positivo o facto de o presidente da Câmara ter chamado os vereadores do PSD e do PS para reunir, o que significa que “olha para a oposição de forma diferente”.
Considerou que “é obrigação do executivo apresentar propostas”, adiantando que “em cinco dias não seria viável transforar um mau orçamento num bom orçamento”. Disse que o presidente da autarquia “está a tentar que renasça um orçamento morto”. E concluiu: “Não há solução”.